sábado, 29 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012: a virada da maré

Tem um trecho em O Senhor dos Anéis em que o Gandalf diz que acontece a virada da maré - the turn of the tide. Acho que é quando o castelo do Saruman é destruído em As duas torres, não tenho certeza. E foi a frase que me veio à cabeça quando peguei o computador pra escrever esta retrospectiva.
Se 2011 foi o ano em que o raio caiu na minha Torre com tudo e eu caí lá de cima sem ter tido tempo de anotar a chapa do caminhão, 2012 foi a reconstrução da Torre. Seguindo a sequência do tarô, pra mim foi um ano bem Estrela, de sempre acreditar que no final do túnel tem a luz. E alguns fatos desenharam essa reconstrução e mostraram que o que a minha Torre precisava era de um projeto novo, porque o antigo não servia mais!

1. Foi o ano em que eu me voltei com mais força para a espiritualidade. Perdi até as contas de quanta coisa aprendi. Às vezes a espiritualidade é associada a isolamento, mas no meu caso ela acabou me jogando mais no mundo. Conheci muita gente nova e fui levada a ensinar e ajudar. O projeto de que eu já participava no ano passado, das aulas de educação mediúnica, ganhou um novo gás; achei que as minhas aulas foram bem melhores, eu estava mais fluente e segura.

2. Foi o ano em que "saí do armário" em relação à astrologia. Eu estudo astrologia há mais de dez anos, faço mapas há quatro, mas só neste ano parei de usar meu conhecimento como uma mera "concessão de palpites" sobre a personalidade de alguém com base no signo do Sol. Comecei a acompanhar o céu e a ficar mais consciente das energias envolvidas em determinado tempo - no que a cosmologia também veio me ajudar.

3. Foi o ano em que a minha vida acadêmica também ficou importante e relevante. Terminei o mestrado, comecei o doutorado, as ideias não param de fervilhar na cabeça e sei que ano que vem elas vão ter de virar realidade. A empolgação é grande e sinto uma identificação com o estudo de uma forma jamais vista. Sei que nunca teria sentido isso se um belo dia não tivesse tido o insight de prestar vestibular para Letras, depois de anos tentando firmar uma carreira acadêmica no Direito.

4. Foi o ano em que, não obstante eu tenha encarado vários momentos sozinha (pelo fato óbvio de morar sozinha), me senti mais amparada e acompanhada. Física e espiritualmente. Começaram a surgir amigos dos lugares mais inimagináveis - o que também me concedia uma certeza de que eu estava seguindo pelo caminho certo.

5. Foi o ano em que descobri um mundo emocional que ficava relegado a segundo plano por conta das minhas atividades eminentemente racionais e práticas. Ao longo de todo o ano, talvez por consequência da ligação com a espiritualidade, foi aparecendo uma sensibilidade que estava ali precisando ser acessada. Ela foi se desdobrando mais no cuidado comigo mesma, de ser gentil, em primeiro lugar, comigo mesma, especialmente com a revelação de inúmeros complexos de culpa e dores que eu guardava e nem sabia! Acho que é natural que, mais tarde, ela se desdobre de forma mais ampla.

6. Foi o ano em que estive em movimento de uma forma que jamais havia acontecido. De manhã estava em Vinhedo, mas à noite poderia estar em Campinas, ou em São Paulo, e isso rolava de uma forma muito natural, como quem sai de casa pra visitar o vizinho. Sem falar que comecei o ano em Nova York, e em novembro estava em São Thomé das Letras, dois lugares muito diferentes entre si.

7. E foi o ano em que parei de beber álcool e de comer carne. Nunca fui de beber muito, mas virar vegetariana foi algo que me pareceu que eu já deveria ter feito antes.

Resumindo, foi um ano muito bom, muito de reajustamento mesmo. Preparando novas bases. Pelo jeito, 2013 vai ser o ano da estruturação dessas bases...

E que você tenha também um 2013 cheio de coisas boas, de realização de sonhos e estruturação de bases!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Diários de São Thomé

Férias de sagitariano é com pé na estrada. Não tem jeito. E desta vez segui para um destino completamente oposto ao anterior, Nova York: São Thomé das Letras, lá escondida depois de Três Corações (vulgo terra do Pelé), perto do trecho da Estrada Real que passa por Minas Gerais.

1. A cidade

São Thomé é conhecida por ser um destino usual de um povo mais para alternativo e é chamada "uma das sete cidades sagradas". Evidentemente, isso é explorado comercialmente, como se pode ver das infindas lojinhas de artesanato que vendem roupas indianas e objetos voltados para a prática mística. Mas devo reconhecer que eu fiquei mesmo mais sensível, com a percepção mais fina (não sei se pelo fato de estar lá ou por estar mais em contato com a natureza).
Lá se vive também de extração de pedras. Também, olha só a fonte...


Mas o que chama a atenção do nerd, com certeza, é a estrutura da cidade. As calçadas de pedra aproveitam a estrutura geológica do solo e criam desenhos sinuosos no chão.

As mesmas pedras são utilizadas para construções, como esta igreja. Nas construções as pedras são aproveitadas no formato retangular, empilhadinhas. As casas construídas com esse padrão são muito características.

A cidade é rodeada de natureza. Infelizmente a chuva e o frio não permitiram que eu conhecesse as tão faladas cachoeiras de lá. Mas a vista do ponto mais alto da cidade... Hmmm, não tem dinheiro que pague.



E a montanha? Ah, a montanha... Só de pensar nela fico arrepiada. Chega-se lá por estrada de terra e um tanto de caminhada, mas vale muito a pena. Dispensa comentários a vista da varanda da Flavia Mariana Klc, que mora lá.

As plantas, à primeira vista, parecem comuns - mas dentro do conjunto há umas singelezas interessantes...

 






Quanto à fauna... Muitos insetos interessantes, com destaque para estes dois: um besouro cerambicídeo e uma içá, rainha da saúva (agradeço ao prof. Mário Viaro, linguista de carreira e zoólogo amador, por ter identificado as criaturinhas via email).




E no meio disso tudo tem tecnologia! Presumo que isso seja uma antena!


Comi bem lá, o lugar tem muitas opções vegetarianas. Desde um hamburger vegetariano delicioso até um estrogonofe de soja muitíssimo bem servido, tudo é muito gostoso e barato. E, no final da viagem, conheci os pães e geleias da Regina, feitos em casa e cheios de sabor.

 

OK, tudo muito bom, mas... Afinal, o que é que eu fui fazer lá? Sim, fui recarregar as baterias, mas o objetivo maior era estudar uma técnica de análise de personalidade que me deixou de olho arregalado desde que me foi apresentada pela Binha, a cosmologia.

2. A cosmologia

Na verdade, a cosmologia - se entendi bem - é uma análise da composição energética do indivíduo e de como as energias interagem para formar o caráter e moldam as atitudes da pessoa. Ela se utiliza de elementos da astrologia, mas articula suas análises de forma bem distinta.
Passei quatro dias estudando com a Flavia, me embananando um pouco nas nuances - ainda preciso estudar e treinar um tanto -, mas já percebi o quanto o meu conhecimento ficará enriquecido. A cosmologia também admite a elaboração de mapas como a astrologia, mas não considera apenas o momento do nascimento, incluindo na visualização a concepção e os momentos da gestação nos quais se estabelecem a percepção e o sentimento.
O mapa cosmológico também é bem diferente do mapa astrológico; ele tem uma abrangência incrível, não obstante seja mais simplificado na sua representação.
E a cosmologia também analisa a energia de cada dia. Cada dia é regido por um tipo de energia específico que é matizada pela que resulta dos aspectos entre os planetas. Parecido com a astrologia, mas não é a mesma coisa. Conforme eu for ficando mais craque na análise, vou começar a incorporar isso nas minhas leituras diárias de astrologia pra vocês sentirem como é.
Nossos estudos também tiveram um aprofundamento no jogo das pedras, uma prática de organização mental simplesmente espetacular com a qual venho lidando há um tempo. Eu e Binha aprendemos uma forma de lidar com o jogo com base em nossos respectivos mapas cosmológicos. E aprendemos um jogo novo a partir de uma vivência conduzida pelo Davi que mostrou os caminhos pelos quais estamos seguindo.

3. E agora?

Agora não sei! No momento só sei que tive aquela desvinculada da rotina, que é ótima para os períodos de férias realmente valerem a pena. O conhecimento que obtive ainda precisa ser processado, aplicado... Hmmm... Aguardem desdobramentos.
Também senti que essa viagem arrematou um chamado forte para uma vida simples. Não acho que viveria na montanha, a exemplo da Flavia e de outras pessoas que conheci lá. Mas lembrei que ao longo deste ano tirei nada mais, nada menos que o equivalente a cinco sacolas grandes de roupa do armário. Precisa tanta roupa? Claro que não. Comer também não precisa ser um evento com cobertura da Globo. Basta sabor e saúde. Tá bom. Lembrei também da casa do Stupa, em plena São Paulo mas que tem apenas o estritamente necessário.
E tem a parte da responsa. Quem tem conhecimento precisa repassar. E preciso ver como, quando e onde fazer isso.



sexta-feira, 12 de outubro de 2012


Ruminando sobre aquela frase de Jesus sobre termos a pureza do coração da criança, me veio à mente o quanto nós, adultos, somos "programados para matar".
Evidentemente, essa programação não necessariamente segue no sentido literal. Mas o fato é que, a partir de uma certa idade, começamos a ser bombardeados com uma série de informações e vamos entupindo o coração puro de poluição e de porcariada. A falta de amor e de respeito entre as pessoas e os valores da sociedade é que fazem isso com a gente.
E aí, quando chegamos a uma outra certa idade, começamos a ficar cheios de saudosismo pensando que "no nosso tempo tudo era melhor". Ressentidos, descontamos frustrações nos outros, ou mesmo em nosso próprio corpo (ficando doentes), e nos arrastamos pelo resto de nossas vidas como se carregássemos um fardo e não uma vida que só depende de nós mesmos para ficar melhor. Portanto, o que torna nossa vida melhor ou pior é o nosso coração, e o das crianças, via de regra, ainda não está tão traumatizado.
Aliás, tenho sérias dúvidas sobre se a vida quando eu era pequena era melhor. Era a mesma coisa ou até pior. Os brinquedos tinham pontas afiadas e a bala Soft podia engasgar. O Brasil estava bem longe de ser pop como está hoje, disputado para investimentos internacionais e escolhido para sediar uma Copa e uma Olimpíada. A tecnologia era tosca de doer. E era muito mais difícil conseguir informação.
Cada dia é um dia, com sua própria preocupação, como dizia o poeta. A noção de passado e de futuro só existe na cabeça dos homens. Lembrar disso é fundamental para que nos arrisquemos menos a "matar" a nossa própria vida com crenças erradas.
E daí me vem a ideia de que Jesus, na verdade, queria dizer que sempre devemos estar tranquilos e nunca fazer drama. Que devemos dar atenção aos outros da mesma forma, independentemente dessas pessoas terem feito o bem ou o mal para nós. Que o que aconteceu no passado aconteceu e pronto, acabou. A criança age assim.



segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Passei o final de semana vendo um documentário sobre o real sentido das profecias maias sobre o que vai acontecer em 21 de dezembro além do meu aniversário. E, bem, tinha tudo a ver com o que eu acredito: vai se abrir um portal para uma mudança feroz de mentalidade na Terra, e só vai se dar mal quem não estiver na vibe. Ou seja: nada de destruição em massa ou desgraceiras hollywoodianas, a menos que a maioria da humanidade não dê conta de que os atuais modelos nos quais se sustenta a sociedade estão falidíssimos, coitados. (Tendo em vista o tanto de gente que trabalha pelo desenvolvimento espiritual do planeta, eu espero sinceramente que vai dar tudo certo...)
Daí liguei a TV pra assistir enquanto jantava e dei de cara com um outro documentário, mais doomsday impossível, dizendo que os maias tinham previsto o fim do mundo e ponto final. Que a partir de 21 de dezembro ia começar o festival das desgraças, queira a sociedade se renovar ou não.
Para além da discussão sobre o significado do que quer que os maias tenham dito, me assusta demais isso de a mídia ficar insuflando o pessimismo e o terror. OK, qualquer telejornal faz isso toda noite, alguém vai dizer. Mas só porque todo mundo faz quer dizer que está certo? Ainda mais neste país, em que as pessoas são criadas sem nenhum estímulo ao desenvolvimento do senso crítico. E mais ainda se considerarmos que as notícias ruins não são contrabalançadas com notícias boas, pras pessoas verem que tem de tudo nesse mundo. De bom e de ruim.
Mas tem quem argumente que não adianta, que o que as pessoas querem ver na TV é desgraça. Será? Pode até ser, se considerarmos que interessa a uns poucos que essas pessoas sem senso crítico fiquem amansadas, pensando que são vítimas, quando na verdade são senhoras do próprio futuro. (Só que se as pessoas se derem conta disso vão revolucionar o planeta... E não é isso que uns e outros querem, né?)
Responsa grande essa de transmitir informação. Nem eu escapo dessa; ser astróloga mexe mais com a vida das pessoas do que se pensa, não é esse gramú que o povo acha. Mas pelo menos eu não faço minha pauta pensando que o que o povo quer é ouvir que vai achar o amor da vida amanhã. Porque a realidade é múltipla, cheia de possibilidades... E é com essa multiplicidade que todos nós devemos aprender a lidar todos os dias.
(Bateu uma vontade de sabotar uma pauta de telejornal...)

domingo, 16 de setembro de 2012

Sábado na balada. Até aí, tudo bem: foi divertido, estava com amigos queridos e num ambiente mais do que conhecido. Mas alguma coisa estava diferente.
Eu estava com um outfit elegante demais para uma balada do centro de SP. E só fui me tocar quando vi o naipe da mulherada do local.
Muitas pessoas de 40+ vestidos como meninos de 20.
A menina do caixa diz que é vantagem comprar a entrada de R$ 80 porque a consumação está incluída. Claro, compensa pra quem bebe álcool. O que não é o meu caso. (E eu fiquei com a entrada de R$ 30 mesmo.)
Há uns poucos anos atrás, isso tudo teria passado batido. Estaria com roupas modernosas, não ligaria para os tiozões Sukita e compraria a entrada de R$ 80.
Mas percebi que, não obstante uma balada de vez em quando seja boa para o moral (parafraseando Rita Cadillac), não é mais imprescindível. Me senti meio mulherão no meio de um monte de crianças... E prefiro crianças de verdade a adultos Peter Pan.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Melhor é impossível

As melhores coisas da vida, sem dúvida, estão nos pequenos detalhes.

Hoje, defendi minha dissertação de mestrado, fui aprovada, e tive um resultado concreto de um trabalho de dois anos e meio. Um verdadeiro parto, que, evidentemente, valeu a pena e só alimentou ainda mais o meu vício pela pesquisa e o amor pelas letras.

Mas tudo isso teria sido protocolar e sem colorido se não fosse por esses pequenos detalhes.

A pesquisa foi desenvolvida com muito amor e vontade de fazer a diferença (minha modéstia é uma coisa, eu sei).

Minhas amigas-irmãs me arrastaram na véspera para uma girls' night out e dormi leve que nem uma pluma.

Aquela pessoa mais que especial ligou pra me desejar boa sorte.

Minha família estava presente na torcida à la Morumbi no clássico.

Todos esses pequenos eventos somados ao grandão é que fizeram o dia de hoje especial. De minha parte, só posso mesmo expressar a imensa, enorme gratidão por ver a vida querendo que eu viva leve, feliz e realizada. Melhor que isso, só dois disso!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Propaganda enganosa

Quando eu tinha 15 anos e lia Capricho, fui habilmente convencida de que a vida adulta me traria segurança e firmeza. Evidentemente, isso estava condicionado a ter e ser várias coisas que a revista dizia que eram cool. Mas mesmo assim ficou a ponta de certeza de que, depois dos 21 anos (naquele tempo a maioridade legal vinha depois dos 21) tudo seria diferente, eu seria um mulherão cheio de força e poder pra fazer o que quisesse.

Mas, bem, estou com 34 e ainda tenho umas muitas inseguranças que a maioridade não resolveu (na verdade, ela agravou algumas...). Como isso tem martelado na minha cabeça esses dias, quero compartilhar o que me pinicou e saber se isso acontece só comigo... Ou se tem mais gente passando pela mesma coisa.

1. A conquista
Atire a primeira pedra quem teve uma adolescência tranquila, na qual era muito fácil falar para o objeto do seu desejo que você estava a fim. Ou quem não se atrapalhou pra fazer isso, não se declarava das formas mais sem noção que se tem notícia. Daí você cresce um pouco mais, consegue arrumar um namorado, acha que nunca mais vai ter aquele trabalho todo... Até que o namoro termina e você se vê de novo "no mercado" da conquista e sem prática de paquera. Especialmente se seus namoros foram todos muito compridos, com anos de duração.

Bom, eu passei por essa situação algumas vezes e agora voltei a ela. E, aham, estou me sentindo com 15 anos de novo, tremendo na base na hora em que dou de cara com o cara, pulando de felicidade quando bate email, postagem no Facebook ou telefonema do sujeito e ficando com cara de tacho por não ter a mínima ideia de como acelerar a situação. Se é que dá pra acelerar: será que ele gosta de mim, Jesus???Reações nada equilibradas, nada condizentes com uma pessoa que fez duas faculdades, faz mestrado, estuda o transcendental e o oculto etc. etc. 


2. As multidões
Eu era meio tapada em multidões no final da infância e na adolescência. Fila da cantina do colégio era uma tristeza. Eu sempre ficava por último e só conseguia comer no final do recreio. Metrô das 7 da manhã, então, era tenso. O povo me carregava junto, parecia uma grande ola no Morumbi, com a diferença de que eu não sabia se ia entrar no trem, cair na linha ou voltar para a porta da estação.

Eu ainda sou tapadíssima em multidões; crescer e ser uma mulher até que alta para os padrões brasileiros não ajudou muito. Segurar lugar em show é todo um trabalho de estratégia... E o metrô, graças a Deus, não preciso mais encarar o das 7 da manhã nem o das 6 da tarde porque moro no interior, e tenho o privilégio de poder andar em São Paulo fora dos horários de pico. Mas a ola da Sé sempre está à espreita...

3. Os pronomes de tratamento
Minha mãe sempre disse que tinha de chamar os mais velhos ou pessoas com ascendência de senhor ou senhora. E aquilo ficou entranhado na minha cabeça, como uma formalidade inescapável da qual não consigo me libertar nem mesmo quando a outra pessoa pede, pelo amor de Deus, para que eu não a trate como velha (isso tá na moda hoje, o que é ótimo!).

Isso parece besta, mas tem proporções engraçadas. Só de uns tempos pra cá parei de chamar meu orientador de mestrado (pouca coisa mais velho que eu) por pronomes de tratamento sisudos. E mulheres aparentemente jovens mas que, pela condição em que estão, têm idade e ascendência acabam sendo "senhoras"... Mesmo que não queiram ser tratadas assim. Alguma coisa ainda fica dizendo pra mim que eu sou menininha sem sê-lo de verdade!


Ai, gente, como fizeram propaganda enganosa da idade adulta. Tenho maquiagem e roupa da moda, mas não tenho segurança. A Capricho me enganou! Claro, segurança e firmeza não vêm com idade... Vêm com maturidade. E essas duas coisas não se confundem.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Tudo que vai... Volta

Eu já tinha conhecimento da lei de ação e reação já há tempos. Mas só de uns meses pra cá é que tenho sentido como ela atua de forma mais concreta; eu diria mesmo que de forma estridente! Às vezes estamos tão envolvidos com as banalidades da vida e não damos muita atenção em como nossa vida é o desdobramento evidente dos nossos atos.
Claro, há casos nos quais todo mundo vai concordar que existe uma relação de causa e consequência. Se você trabalha bem, é promovido ou então se desenvolve profissionalmente. Óbvio? Pode ser. Mas, no fundo da mente de muita gente, não é não. As pessoas enrolam, perdem tempo com um montão de coisas e a última coisa que pensam em fazer é trabalhar. Daí reclamam para os colegas no café que não têm oportunidades, que a economia está uma droga, que nada dá certo pra elas. Conclusão: inconscientemente, elas esperam que alguém faça tudo por elas.
No mar de energia no qual estamos mergulhados, não dá pra achar que as coisas vão chegar prontas pra nós sem que tomemos a iniciativa de fazer alguma coisa. Por isso que os sábios, desde a Antiguidade, já diziam que tudo é movimento. E a física (a "normal" mesmo, não precisa nem entrar em física quântica) diz que toda ação tem uma reação correspondente. Consequências dependem de ações, portanto.
Tem o outro lado da moeda, que é o que tem pegado mais pra mim ultimamente, como disse no começo. Também não dá pra agir de qualquer jeito sem achar que não vai haver consequência. Sempre há, e ela tem vindo rápido, sem que eu visse o bonde passar.
Ou o ônibus. Um dia estava eu dirigindo em Campinas, conversando com a Amanda, e metendo o pau num determinado grupo do qual fiz parte no passado. Eu estava fazendo um caminho conhecido das duas e devia me preparar para pegar uma saída à direita. Ia pegar a faixa da direita quando um ônibus passou bem na hora da manobra e impediu que eu pegasse a saída.
O recado, pra mim, foi claro (embora pareça besta): problema seu que você não quer fazer parte mais daquele grupo. Não guarde raiva nem rancor. Já que você guardou, agora também você não vai chegar onde quer. (Sem falar que meter o pau nos outros me impediu de prestar atenção no trânsito...)
Nós chegamos onde queríamos, mas demorou uns vinte minutos a mais. Se eu estivesse numa vibe menos estressada com filosofia transcendente - como ocorre com, acho, 90% das pessoas - não teria feito ligação entre os dois fatos e me eximiria de qualquer responsabilidade sobre o que aconteceu. Mas tive, sim. Como tenho sobre tudo o mais que acontece comigo e você tem sobre tudo que acontece contigo.
Tem o lado bom, que é ser paparicado e ganhar pedaço de brownie de graça numa loja quando você ajuda o atendente sem que ele peça, como aconteceu comigo hoje. Obviamente, não podemos também agir egoisticamente, fazendo coisas boas para ter algo em troca. Precisamos fazer coisas boas porque, dessa forma, a pessoa ao nosso lado fica bem, e pode deixar outra pessoa bem, que pode deixar uma terceira pessoa bem... E assim sucessivamente. É a nossa parte na melhoria do planeta - que também está na situação que está em consequência dos nossos atos...

domingo, 20 de maio de 2012

Outra coisa que percebi em mim. Em muitas oportunidades, quando me sinto afetada de alguma forma em relação a sentimentos - sejam eles de amor, amizade, família, trabalho etc. -, noto que quem mexe é o plexo solar, o famoso chakra do estômago, o qual dizem que é a sede do ego.
Hmmm, sentimentos + ego é uma mistura meio indigesta. Fiquei preocupada, pois amar com o estômago nunca foi nem nunca será tema de poesia... Por um motivo simples: não se ama com o ego! Esse danado só quer mesmo é aparecer, me jogar cada vez mais no meio da Maya, Matrix ou seja lá o que for.
Daí fica difícil pra um ser que quer evoluir evoluir, não é? Por tabela, o mesmo ser acaba ganhando também uma dor de estômago quando seus desejos egoicos não são satisfeitos. Bom, não tenho dor de estômago, mas por outro lado não sentia muitas revoluções no lugar em que eu deveria sentir - o chakra de cima, o do coração. Aquele do amor incondicional e da aceitação. Como é que eu poderia dizer que amo alguém, se nem ao menos sei transbordar esse amor? Complicadíssimo. Então me impus uma tarefa de Lua Nova em Gêmeos (que é o signo que rege meus relacionamentos): prestar atenção nas minhas reações sentimentais e direcioná-las todas para o chakra do coração.
Arrisco dizer, porém, que essa situação que detectei em mim é a situação de muita gente hoje em dia. Também, todo mundo é estimulado a achar que é o centro do Universo, nesta competição doida em que somos induzidos a entrar pelo título de ferradão do ano, em que todo mundo é o mais bonito, o mais feliz, o mais rico, o mais tudo. Até o amor, que era pra ser o refúgio das horas complicadas, acaba virando competição. Algumas pessoas não casam por amor, mas pra mostrar que estão cumprindo seu papel de pessoa "inserida na sociedade" e que quer status social, não um companheiro. Daí criam o filho por obrigação, "porque precisa ter filho", e não por amor. Dureza.
Assim começa e se perpetua a cadeia do amor egoísta: o filho tem amizades por interesse e não por afinidade, os pais se enfiam em empregos que não amam por causa da compensação financeira etc. etc. Dureza (2). Dá não pra continuar assim. Não só pela dor de estômago que pode advir daí (porque isso também seria egoísta). Mas porque fomos feitos para viver em rede, como as células do corpo, que formam um todo maior.
Imagine se as células do seu corpo resolvem pensar só nelas mesmas. Isso é um câncer! (Corrijam-me os biólogos se o caso; pensei também em decomposição, confere?) E, da mesma forma que os comportamentos egoístas das células degeneram o corpo, o egoísmo dos seres humanos degenera a sociedade. Nem precisa andar muito por aí pra ver o quanto isso é verdade.

domingo, 13 de maio de 2012

Estou percebendo um fenômeno muito interessante comigo. Me desinteressei enormemente por carne. Qualquer carne. E ver alguém comendo carne é muito estranho pra mim, como se eu nunca tivesse feito isso!
Das outras vezes em que tentei maneirar na carne, eu sentia também um desejo imenso de cair de boca mas me segurava. Como tudo que é feito de forma repressiva, sem o devido amadurecimento da ideia, a gente sempre fica tentado a burlar obrigações, mesmo que essas obrigações sejam impostas por nós mesmos.
E inevitavelmente acabava "recaindo". Mas agora... Não. Simplesmente não faz sentido. Não tem desejo. Não quero e pronto. Sem repressão.
O legal é que não só não tenho comido carne como tendo a comer só o suficiente pra matar a fome. Tipo, meu prato é metade do que eu comia antes. Mesmo magra eu comia uns pratos de peão depois de bater laje.
Claro que o fato vem acompanhado da devida reeducação nutricional, e tô mandando ver na beterraba, no feijão e na soja pra não ficar desnutrida. E tem desdobramentos psicológicos na sequência. Os maus tratos, não só a animais como também a seres humanos, começaram a me incomodar com uma força muito maior do que antes. E não cuidar do corpo passou a ser algo simplesmente inconcebível. Ah, é: experiências espirituais e manipulação de energia ficaram mais fáceis e intensas.
Tudo isso me parece muito natural, mas, se eu parar pra pensar que estou exposta a publicidade, propaganda e opiniões das outras pessoas, como todo mundo, não deveria ter sido tão fácil assim. Às vezes fico pensando que alguém lá em cima me deu umas trolladas pra eu entrar nessa, sob pena de ficar parada no mesmo nível evolucionário por mais não sei quantos séculos.
Parada, sim, porque também acredito que os standards de "felicidade" que regeram o mundo até agora (e mais especialmente no século XX) estão incrivelmente desgastados e forçados. Acho que a energia do mundo está seguindo numa direção de liberdade e de tranquilidade, e que toda a tensão rolando por aí vem do fato de que tem muita gente resistindo a isso. Por que não tentar outra coisa? Por que não fazer diferente?
É sinal de liberdade não comer carne e comer menos? Sim. É um desejo a menos pra afligir o espírito. Pelo mesmo motivo é sinal de tranquilidade - ao menos na minha modesta opinião. É como eu sinto que isso tem rolado pra mim. Pra você pode não ser. Mas é a sua experiência pessoal. A minha é essa.

sábado, 5 de maio de 2012


Achei este vídeo revelador e perturbador ao mesmo tempo. Bem remexedor do miolo!

Depois me digam o que acharam ;)

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Tenho tido muitas experiências espirituais fora do comum e em todas elas o recado tem sido muito libertário, muito me tirando da rodinha do hamster que fica submisso a condições de fora e me dando poder. Um desdobramento disso foi o fato de que cada vez mais fica claro pra mim que ter uma vivência espiritual não significa seguir rituais ou declarar no censo que segue a religião x ou y.
Quem me conhece sabe que eu sou um patchwork de crenças. Acho que tenho construído a minha religião pessoal, a minha crença única e intransferível, com base no que acho legal de tudo que tenho estudado e experimentado. Não acho esquisito. Afinal, toda religião se baseia em Deus e, lá no miolinho, todas se igualam.
E mesmo juntando num mesmo balaio tanta coisa diferente, eu estou conseguindo fazer uma conexão bem razoável com o meu lado espiritual e com o imponderável da vida, justamente porque tenho usado muitas armas pra isso - armas que eu mesma escolhi, não as armas que me disseram que serviriam.
Meu sonho de consumo tem sido construir, tijolo a tijolo, como venho fazendo na parte espiritual, outros caminhos nas outras áreas da minha vida. Construir uma vida inteiramente personalizada, sem padrões preestabelecidos. Acho que estou conseguindo fazer isso no profissional. Vamos ver no resto.
Ter uma vida personalizada também interessa porque tem o potencial pra me deixar desapegada de expectativas e cobranças. Seguir a vida e pronto. Cada caminho sai num outro, que sai num outro... O fluxo da vida nos leva, sem nos escravizar como o faz a sociedade. Isso pra mim soa divino. Livre.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Dicas astrológicas de 23 a 29.4.2012



O evento relevante desta semana é uma polarização engraçada dos elementos em alguns momentos específicos. No começo da semana, teremos Lua e Vênus em Gêmeos, que, somadas a Saturno retrógrado em Libra, dão uma cor mais viajante e intelectual ao período que vai de segunda a quarta-feira, própria dos signos de Ar. Os geminianos vão estar impossíveis, inspiradíssimos e mais convincentes do que nunca... Mas os demais signos de Ar (Libra e Aquário), os signos de Fogo (Áries, Leão e Sagitário) e os outros signos mutáveis (Virgem, Sagitário e Peixes) podem também tirar uma casquinha (os sagitarianos, como visto, têm chances em dobro, mas devem se lembrar de que Gêmeos é seu complemento, o que traz grandes chances de que o dark side resolva dar as caras).
Mas quem vem acompanhando estas previsões regularmente sabe que Mercúrio e Urano estão em Áries – e vão continuar por lá nesta semana. É a parte do elemento Fogo. A força do Ar, de que falamos acima, vai alimentar esse Fogo; e, no sábado, a Lua Crescente cai em Leão, outro signo de Fogo, fortalecendo a chama. (Atenção, mulheres: a Lua Crescente em Leão é ótima para “aquele” dia de perua, com direito a todos os cuidados de beleza possíveis e compras!)
Tem a parte do elemento Terra também, que me parece ser a mais forte. O Sol está em Touro, assim como Júpiter. Dois astros tão grandes e que adoram aparecer vão dar uma forcinha para Touro, Virgem e Capricórnio (estes últimos, passando pelo revertério de ter Plutão retrógrado em seu signo, agradecem a ajuda). O outro planeta em signo de Terra, Marte (que está em Virgem), também impulsiona a vida desse povo.
E, entre quinta e sábado de manhã bem cedo, a Lua entra em Câncer, colocando Água na mistura! Além dela, Netuno e Quíron em Peixes ajudam a reforçar esse elemento, deixando Câncer, Escorpião e Peixes mais aliviados. Aliás, o pessoal de Terra também se beneficia dessas posições nos signos de Água, e vice-versa. Um equilíbrio quase perfeito de forças – seria perfeito se a ênfase no Ar e na Água também durasse a semana toda, como acontecerá com o Fogo e a Terra.
Por fim, todos os signos, mas em especial os cardeais (Áries, Câncer, Libra e Capricórnio), deverão estar de olhos bem abertos na quinta, quando a Lua em Câncer forma aspectos tensos com Urano em Áries e Plutão retrógrado em Capricórnio. No mapa, isso tem a forma de um T, e a dona Lua é o ponto comum entre as duas retas que formam esse T. Sentimentos os mais diversos vão brotar do nada, das profundezas mesmo, e de forma inesperada. Se você não trabalha seu autoconhecimento... É bom momento pra começar a fazer terapia!

Os signos na semana

Áries: o astral está mais para objetivo com a mudança do Sol para Touro, mas trate de se acostumar, pois a semana será bem “terrena”. Se bem que, no começo da semana, o Ar em alta ajuda você a se achar no esquema, especialmente na terça, com o aspecto firmeza da Lua em Gêmeos com Mercúrio e Urano em seu signo. Gêmeos te ajuda na parte comunicativa, o que pode ser ótimo para apagar eventuais incêndios da semana passada, quando havia nada mais, nada menos do que quatro planetas em seu signo. Não vá jogar tudo pro alto entre quinta e sexta, quando Mercúrio e Urano se indispõem com a Lua em Câncer – especialmente se o incêndio tiver algo a ver com sua família. Aliás, a quarta também é um dia com potencial tenso, já que Mercúrio inventa alguma complicação justo com Plutão retrógrado em Capricórnio. Você anda descobrindo coisas debaixo do tapete na sua carreira; não deixe a cabeça “pirar” no meio do processo. A ênfase na Terra própria desta semana pode, porém, te apoiar em questões de grana e organização do dia a dia. Sim, é possível não se perder no meio do processo... Embora o T cardeal da quinta-feira tenda a te deixar nervoso! A Lua Crescente em Leão enfatiza o seu brilho pessoal e aquilo que você cria. Jogou a semente na Lua Nova, digo, colocou umas moedas no cofrinho? Então alguma coisa vai brotar, e talvez você nem saiba o que vem por aí, considerando o aspecto dessa Lua com Urano em seu signo no domingo. De olho na plantação.

Touro: que beleza! As coisas vão andando mais do seu jeito com Sol e Júpiter em seu signo, e Marte na sua casa do brilho pessoal faz com que você chame a atenção por onde passe. Como se não bastasse tanta coisa boa, a ênfase no signo de Gêmeos do começo da semana pode ser a luz no fim do túnel para suas questões financeiras (lembrando que um dos planetas que estarão por lá é sua regente, Vênus). Como bom taurino, dinheiro é assunto seríssimo pra você... E a Água, mais pro final da semana, te deixa mais comunicativo (Lua em Câncer) e rodeado de gente (Netuno e Quíron em Peixes). Os únicos alertas ficam por conta dos aspectos tensos de Mercúrio e Urano com Plutão retrógrado em Capricórnio e a Lua, entre quarta e sexta (com destaque para o T cardeal da quinta). Urano vem (meio na porrada, admito) te ajudando a entender o quanto de programação mental e complexos você tem, e Mercúrio ajuda a racionalizar e entender tudo isso. Mas, se os dois estão em pé de guerra com outros planetas, começa aquela piração em que você não sabe quando está no comando da coisa ou não. Respire fundo e dê tempo ao tempo; no sábado o Sol faz um contato legal com Quíron e pode ser que a solução esteja em estar com seus amigos – ou um deles pode te dar a resposta. A Lua Crescente em Leão pega na sua área da família. Você está com tudo para melhorar ainda mais a sua relação com os seus queridos. Só tome cuidado pra não se empolgar demais no almoço de domingo, quando essa Lua encrenca com o Sol no seu signo.

Gêmeos: eba! Lua e Vênus no seu signo? Pena que isso acontece no começo da semana – tente arrumar uma balada na quarta, quando as duas moças vão estar em conjunção! Você deve estar com os dotes de sedução acima da média graças a Vênus, mas com a ajuda da Lua você vai saber tocar as pessoas pelo sentimento, além de fazer isso só com as palavras (o que, convenhamos, já é sua especialidade). Na quarta, até Saturno retrógrado em Libra quer te dar uma mão, mas pode ser que ele só esteja te pedindo pra não ir com muita sede ao pote. E você deve ouvi-lo: seu regente Mercúrio em Áries se bate com Plutão retrógrado em Capricórnio, mostrando que tem coisas irreveladas que podem passar batido pela sua ânsia. E não bote fé nos seus amigos dizendo que “não tem problema”. Pense com a sua essência, com calma! Quinta-feira pode ser um dia de ressaca brava se você não tomar cuidado, em razão do T cardeal. Ou de perceber na conta bancária que gastou além do que devia. A Lua Crescente chega na sua casa da comunicação. OK, você não é o tipo que tem problemas com isso, mas o que é bom sempre pode ficar melhor, certo? Invista! Ainda mais porque você está em plena faxina astral – bem enfatizada nesta semana, com Sol e Júpiter em Touro – e vai precisar estar em contato com as suas profundezas. Pode ser que a melhoria de comunicação necessária seja de você para você mesmo.

Câncer: muita coisa rolando em signos de Terra é notícia boa pra você, pois isso ajuda a estabilizar o seu famoso humor variável. O começo da semana será um pouco mais estranho com tanta coisa em Ar, e com a Lua e Vênus na sua casa do subconsciente as coisas ficam um pouco confusas. Sorte que Marte está na sua casa da comunicação e o Sol em Touro faz um bom aspecto com ele. Pelo menos você vai ter ajuda de alguém pra conectar as pessoas... A carreira pode ser um ponto nevrálgico na quarta, com a briga de Mercúrio em Áries e Plutão retrógrado em Capricórnio. Pode ser seu sócio com uma frescura inesperada, ou então você está tão preocupado em subir nos escalões do poder que não liga mais para sua cara-metade (que deve estar se remoendo até). Você entra nos eixos quando sua querida e amada regente Lua entra em seu signo na quinta, e apoiada por bons aspectos com Netuno (Peixes), Marte (Virgem), Sol (Touro) e Quíron (Peixes). Que bom: você vai precisar mesmo de todo esse apoio, porque terá de encarar o intragável T cardeal, em que a mesma Lua se bate tanto com Plutão como com Urano em Áries. Parece que seu sócio ou seu cônjuge vai colocar as cartas na mesa. Mas conte com a energia positiva do seu lado pra conduzir as coisas da melhor maneira... E não estresse! A Lua Crescente estará na sua casa do dinheiro. Oba! Você adora segurança na sua casinha de carangueijo e sua regente vai te dar a força necessária, desde que você tenha atentado para a dica da Lua Nova. Só fique atento no domingo, para saber se não anda gastando demais com algum grupo ou associação de que faça parte.

Leão: seu regente Sol está bem aparecido nesta semana! Estando ele em um signo fixo como o seu, você até se entende bem com a energia reinante, apesar de ser da turma do Fogo. Aliás, sendo da turma do Fogo você naturalmente fica mais “aceso” com Lua e Vênus em Gêmeos. Você é o terror das rodinhas, e invade até as panelinhas. Será bem acolhido em todo lugar! O aspecto esquisito de Mercúrio em Áries com Plutão retrógrado em Capricórnio é de revirar o estômago quarta. Seu cotidiano está atrapalhando suas obrigações acadêmicas ou escolares, ou todo tipo de coisa começou a aparecer no trabalho pra não te deixar viajar no feriado. Muita calma nessa hora, pois Mercúrio em Áries é especialista em palavras duras e impensadas. Na quinta, a Lua em Câncer faz um aspecto legal com o Sol em Touro, e isso pode te deixar um pouco mais no lugar em relação ao T cardeal – a Lua cai na sua casa do subconsciente nesse dia, o que não é nada previsível, é o mergulho no desconhecido! Urano e Plutão podem querer desenterrar alguma coisa de lá. Sábado é o melhor dia da semana para você, com a Lua Crescente em seu signo dando aquele “up”, e o seu regente Sol se entendendo com Quíron em Peixes – você tinha mesmo que jogar fora o que quer que descobriu na quinta! Desapega! Será um alívio! O domingo pode ter um efeito colateral disso em razão da batida Lua-Sol – arrancar dente do siso quando dói é um saco, mas depois é um alívio, não é? Como o Sol se entende com Plutão no mesmo dia, é certeza: você não vai se arrepender.

Virgem: sendo signo mutável, você é um cara de Terra que até vai conseguir surfar bem na energia aérea de segunda e terça. E, juntando isso ao fato de que tem muito planeta em signo de Terra, e de que o guerreiro Marte está no seu signo (bem comportado!), você provavelmente é quem está melhor situado para se dar bem na semana. A quarta-feira merece atenção: seu regente Mercúrio, em Áries, mostra os dentes pra Plutão retrógrado em Capricórnio. Como você sabe, Mercúrio está na sua casa da troca em nível profundo; já a broca perfuradora de petróleo plutônica está voltando para a superfície na sua área do brilho pessoal. Seu parceiro sexual pode estar irritado com as reviravoltas na sua imagem (você engordou, por exemplo?); ou então a espiritualidade pode estar te chamando pra botar a mão na massa de todo jeito e você insiste em ignorar solenemente, porque o seu ego (racional, crítico, todas aquelas coisas que falam dos virginianos...) não admite isso. Na quinta, o T cardeal pega na sua área de amizades e grandes grupos, e de novo seu brilho pessoal está na roda junto com alguma questão envolvendo troca em nível profundo. Vixe Maria! Esse trabalho espiritual vai ajudar muita gente e você aí, morgando... A Lua Crescente cai na sua casa do subconsciente e espiritualidade. Isso reforça a teoria de que você tem conteúdo espiritual pra dar e vender e está economizando, ou então nem está usando. Isso tem reflexos na vida, sabia?

Libra: a ênfase no Ar é uma colher de chá para o povo do último decanato deste signo, que ainda tem de aguentar Saturno até outubro. Os outros dois decanatos já estão um pouco mais aliviados do fardo saturnino, mas ainda sofrem um pouco por tabela e também ganham uma forcinha da sua regente Vênus e da Lua em Gêmeos – especialmente se precisam engatilhar um projeto acadêmico ou querem fazer “aquela” viagem. E veja só: Saturno se liga à Lua na quarta, dizendo que dá o aval para o que quer que você tenha pensado em fazer, desde que esteja certo disso. Só que, no mesmo dia, Mercúrio em Áries (seu signo complementar) treta com Plutão retrógrado em Capricórnio. Isso significa que seu cônjuge deve vir com alguma conta de cartão de crédito cabulosa, ou seu sócio andou gastando mais do que devia na reforma da sede da empresa de vocês! Na quinta, o famoso T cardeal te pega pra dizer que casa, parceiro e carreira precisam ser bem ajustados pra todo mundo funcionar bem. A Lua em Câncer na sua casa da carreira recebe muitos ótimos aspectos de outros planetas, e sua ascensão profissional só precisa de um ajustezinho; só que casa e parceiro vão ter que se resolver. A Lua Crescente em Leão está na sua área dos amigos e grandes grupos. Oba! Aproveite o feriado pra ver aquele povo que você só tem podido contatar via Facebook. E divirta-se!

Escorpião: a força do signo de Touro nesta semana já deve ter descortinado alguns lampejos do seu dark side. Ou então você tem se sentido completo, satisfeito! Mas você, o signo da intersecção Terra-astral, terá que se virar mais nessa área do que o normal, com Vênus e a Lua em Gêmeos. Proteja-se energeticamente, porque a vampirada astral pode estar de olho em você – mas Vênus e a Lua estão de boas na maior parte do tempo e talvez você só tenha de limpar uma nhaca aqui, outra ali. A semana vira melhor pra você a partir da entrada da Lua em Câncer, que começa o “ciclo Água” da semana e te deixa mais no seu elemento. Mas antes disso tem a briga de Mercúrio em Áries com seu regente, Plutão, retrógrado em Capricórnio. Tem alguma falha de comunicação brotando no seu trabalho, ou no seu dia a dia como um todo – e não é coisa nova não, é algo que você já deveria ter arrumado e deixou pra lá. Na quinta, o T cardeal junta à questão que surgiu na quarta algum problema relacionado a viagem ou estudos. Tem algum fio solto pra amarrar. Mas o foco do problema não é a viagem ou a sua vida acadêmica, mas a falha de comunicação. A Lua Crescente focará na sua carreira. Oba! Se você plantou direitinho a semente na Lua Nova, fazendo contatos com pessoas que poderiam te ajudar, pode ser que colha algo interessante a partir de sábado. O domingo pode ser particularmente interessante, graças à ligação entre o Sol em Touro e Plutão. Alguma pessoinha do passado pode voltar pra, de repente, te lembrar quem você é de verdade. Andou escondendo seu brilho embaixo do tapete?

Sagitário: Lua e Vênus em Gêmeos trazem questões de relacionamento à tona. Não parece ser nada tenso, talvez sejam só ajustes, correções de rota, em nível emocional, que podem tanto ter relação com seu amor ou com seu sócio. Na quarta, com a conjunção Lua-Vênus, pode até ser que você ganhe a parada de uma vez! O problema é que a quarta traz um outro pepino pra você resolver, via Mercúrio em Áries brigando com Plutão retrógrado em Capricórnio. O que é que você andou criando com a mente que não tá dando retorno financeiro? Aliás, será que você já fez aquela checagem do que é que realmente te traz dinheiro, a que Plutão tá te obrigando? Elimine de vez o que não serve pra ocupar sua inteligência com o que realmente importa. Na quinta, o famigerado T cardeal adiciona à receita alguma questão de intersecção profunda entre planos de existência. Eita, será que seu lado espiritual tem a ver com a sua desordem criativa e/ou financeira? Ou será que você tem que integrar o espiritual, a criatividade e o dinheiro? Pode até ser que tenha sexo na jogada. Ou tributação. Que dúvida cruel! Com relação à ligação entre planos de existência, a coisa melhora um pouco de figura na sexta, com a Lua se entendendo com seu regente Júpiter em Touro. Parece que a deixa é organizar seu dia a dia! A Lua Crescente pega na sua área de viagens e vida acadêmica. Organizou seu dia a dia, como a Lua Nova pediu? Então se prepare para viajar tranquilo no feriado, ou então coloque pra funcionar aquela sua ideia mirabolante de pesquisa.

Capricórnio: a ênfase em Touro te deixa metido, aparecido! Você está brilhando mesmo. E Marte te joga pra cima no que diz respeito a viagens e vida acadêmica. Felicitações. Não fosse Plutão retrógrado em seu signo, as coisas poderiam estar ainda melhores. Mas o foco do início da semana é seu dia a dia, com a ênfase em Gêmeos e no Ar. Se organize para que seu brilho possa aparecer ainda mais – e, como Vênus, a beleza, está envolvida, com um toque de arte! E, como seu regente Saturno, retrógrado em Libra, se entende bem com esse Ar todo, você está bem colocado pra conseguir se organizar. Na quarta-feira Plutão e Mercúrio em Áries fazem aquela bagunça, e você, se sentindo a Fênix ainda queimando, tem que encarar problema em casa que pode ter origem no fato de que você ainda não está bem certo do rumo que a sua vida vem tomando. Não culpe o povo da sua casa, eles também não estão bem certos do que está acontecendo com você. O T cardeal adiciona à mistura problemas de relacionamento – seu cônjuge pode ser o mais preocupado com você. No sábado, antes de entrar em Leão, a Lua encrenca com Saturno, reforçando a ideia de que vocês precisam ter uma boa conversa e muita paciência um com o outro. A Lua Crescente te chama pra desenvolver a sua área de conexão com o astral, ou então dar aquela apimentada na vida sexual. Quem sabe assim você tranquiliza seu parceiro!

Aquário: você também tem uma certa afinidade com o signo de Touro, já que também é um signo fixo, e, portanto, estes tempos não são tão estranhos para você. Mas o começo da semana é mais a sua cara, com a Lua e Vênus em Gêmeos. Só dá você, aparecendo para todos os holofotes. Como Vênus está por lá, um banho de loja ou de salão não cairia mal... Experimente dar vida a algum projeto que vem acalentando. Na terça, a Lua se liga a seu regente, Urano, atualmente passeando por Áries, e essa sua expressão pessoal tão brilhante se reflete na sua comunicação. É como se, de repente, todo mundo te entendesse! A quarta-feira é que pode dar um nó nisso, com Mercúrio, também em Áries, se desentendendo com Plutão retrógrado em Capricórnio. Padrões subconscientes de comportamento podem afetar essa comunicação brilhante. Fique esperto para atos reflexos, condicionamentos e coisas do tipo. A questão toda ganha um upgrade na quinta, com a formação do T cardeal, porque entra na jogada alguma questão do dia a dia – e seu regente Urano está metido no meio do rolo. Pense se tem alguma coisa que é preciso ajustar em termos de comunicação no seu cotidiano para que você possa evitar que tais padrões se interponham entre você e as pessoas a seu redor. Sabe aquela coisa de “não era isso que eu quis dizer”? Às vezes agimos exatamente ao contrário do que queremos, não porque pensamos em fazer isso conscientemente, mas porque estamos tão acostumados a agir de determinada maneira que nem percebemos. A Lua Crescente vem na sua área de relacionamentos. Olha só! Você pode investir naquela pessoa em que vem prestando atenção, ou melhorar a sua relação com seu atual amor. Ou ainda pensar em novos planos de expansão de projetos com seu sócio.


Peixes: ainda bem que tem bastante Terra no ar, elemento com o qual sua Água se dá bem – senão o começo da semana seria bem complexo pra você. Se bem que, como a Lua e Vênus em Gêmeos estão razoavelmente comportadas, você só terá que observar o fluxo das coisas em casa, ver se está tudo bem e, se não estiver, aproveitar essa onda favorável para corrigir o que for necessário. Na quarta, Mercúrio em Áries arma confusão com Plutão retrógrado em Capricórnio – o que pode significar desentendimento por dinheiro em relação a grandes grupos ou amigos. Se aquele seu amigo folgado aparecer pedindo dinheiro emprestado, mantenha a calma e dispense-o com classe. Senão, a coisa ganha contornos mais tensos na quinta, com a entrada de Urano e da Lua no rolo, formando o T cardeal de que já falamos. O seu brilho pessoal, a sua presença no mundo, pode embaralhar a história. Só que a Lua está de bem com seu regente Netuno nesse dia, o que significa que você tem toda a condição de usar esse brilho pessoal e a sua expressão netuniana, que sabe navegar em qualquer oceano nervoso, pra resolver o que quer que seja. A Lua Crescente estará na sua casa do dia a dia. Veja o que é que não está bom, o que é que precisa ser melhorado no seu cotidiano, e ajuste o que for necessário com fé. A tendência é de que você consiga realmente melhorar.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Eu detesto me perder quando vou a algum lugar que não conheço. Mas não é por ter medo. Até tenho bom senso de direção e, uma hora ou outra, acabo me achando; na pior das hipóteses, o Google Maps e os pontos de táxi resolvem. É pela encheção de saco e pelo tempo que poderia ter sido melhor gasto.
Bom, se acontece isso em deslocamentos, imagine então quando me perco num emaranhado da vida. É mais revoltante ainda, porque coisas de maior envergadura e um tempo maior são perdidos.
Hoje me dei conta de que saí de um verdadeiro caminho de bocada. O mais engraçado é que a decisão de sair disso estava toda nas minhas mãos, sempre esteve! Só que Deus é tão tudo aquilo mesmo que todo mundo diz que Ele permite que eu use o meu livre-arbítrio, ainda que da forma mais tosca possível.
E agora estou tomando pé de tudo que ficou pra trás e que precisa ser retomado. Não é muita coisa, mas são coisas complexas. De qualquer forma, um anjinho fofocou no meu ouvido que, de novo, levar adiante essas coisas e conseguir o que quero só depende de mim mesma. Vai dar um trabalho daqueles, mas é ótimo. Pelo menos existe a chance de recuperar o tempo perdido.
É legal esclarecer por que eu caí nessa situação: porque havia sinais das mais variadas naturezas por toda parte me levando pra esse caminho. O problema não está nos sinais em si, coitados. Está na interpretação que esta daqui fez desses sinais. De novo, a responsabilidade está toda comigo! Então, agora tenho que recomeçar com base na interpretação correta desses sinais. Eu nem sei no que isso vai dar. Só sei que, quando a gente entra num caminho espiritual muito profundo, aprende a não ignorar sinais. É o suficiente.
Os sinais (ou sincronicidades, ou seja lá como você queira chamá-los) não passam de dicas da vida sobre o caminho que você deve seguir. Mas ela não se responsabiliza se você os lê de qualquer jeito e cai em outro lugar, da mesma forma que sua agência de viagem não se responsabilizará se você inventar de seguir uma placa em russo sem saber essa língua e ignorar seu guia, que fala português.
No meu caso foi uma questão de empolgação. A danada obscureceu meu discernimento. Pra sair dela foi preciso apanhar um tanto. Mas, enfim: saí! Alive and kicking. Pronta pra outra - e escolada.

domingo, 1 de abril de 2012

Fiquei chocada como pude viver quase dois anos sem me posicionar. Sim, é isso mesmo. Nesse processos transformadores ferozes pelos quais tenho passado, não tinha me dado conta de que não estava sendo firme no que pensava, não defendia o que achava, ficava naquela de sorrir pra tudo e passar por cima das coisas sem resolver nada. E olha que eu sempre tive fama de dizer o que pensava - o que, visto de forma retrospectiva, foi o que sempre me impulsionou para a frente nesta vida.
A vida precisou colocar uma situação bem contrastante, bem nada a ver mesmo, na minha frente para que eu enxergasse isso. Eu vi e venci - enxerguei e me posicionei. Tenso. Mas além de os óbvios quinhentos quilos saírem de cima dos meus ombros, aconteceu algo incrível.
De certa forma, parece que a energia ao meu redor circulou! Foi como dizer ao Universo o que eu achava certo e o que eu achava errado. E ao mesmo tempo em que situações novas interessantes começaram a brotar do nada, outras ficaram mais claras. Já que eu me firmei, outras situações se firmaram junto.
Graças a Deus eu nunca tive moral pra reclamar de uma vida difícil. Mas é impressionante como as coisas se turvam quando a gente se turva junto. OK, OK, já prometi que nunca, nunca mesmo vou deixar de dizer o que penso e mostrar o que sou, por pior que as pessoas possam me ver em razão disso. Perdi muitas coisas nestes últimos dois anos por causa disso de querer ficar sendo legalzinha. Já tinha consciência disso. Mas só agora vi que, da consciência para a ação, ainda não tinha sido dado o passo definitivo. Até agora.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Eu normalmente escrevo aqui pra reclamar, questionar etc. etc. E esse Carnaval prometia mais disso... Já passei por aquela situação de estar no exterior nessa época e os gringos me perguntarem por que é que eu não estava no Rio. Porque simplesmente detesto! Sem falar que a energia fica MUITO densa nesta época por causa do povo se preparando para chutar o balde nos bailes, para soltar todos os desejos reprimidos de um ano inteiro e que elas não sabem extravasar na vida diária.
Mas a perspectiva deste feriado, que prometia ser de pura preguiça, mudou do avesso, por causa de fatos singulares de uma sexta-feira de Carnaval. E me vi forçada a escrever em favor das pequenas alegrias que às vezes nos passam despercebidas. OK, pode ser até meio meloso e cafoninha. Mas é a vibe em que estou agora. Não tô me incomodando muito em parecer assim. (Deve ser Netuno em Peixes, deixando a gente meio sonhadora.)
Tudo começou com a vinda para São Paulo. Para driblar o trânsito da Marginal e do Anhembi, vim pela rota D. Pedro/Fernão Dias. Gosto muito desse caminho porque é bonito, pena que não seja o mais rápido - senão o faria mais vezes. Mas ontem o pôr-do-sol foi espetacular. Fazia uma neblina fina que difundia os raios do sol; o céu ficou meio amarelo, meio laranja, contrastando com nuvens cinza-escuro de chuva. Parecia cenário de filme de fantasia. Me senti atraída para aquele céu, mas tinha que me lembrar que não podia olhar muito pra ele, porque estava dirigindo!
E me vi dividida entre esse mundo de sonho e o mundo real, viajando mesmo na maionese mesmo com todas as curvas e caminhões da Fernão Dias. Que coisa engraçada. É muito fácil isso acontecer quando estou na cama me preparando pra dormir. Mas ter essa sensação assim, disparada por um pôr-do-sol bonito (vejo vários em Vinhedo...), foi algo fora do normal. Arriscado para quem está dirigindo - mas um bom sinal de que estou cada vez menos presa a coisas-que-todo-mundo-quer-que-eu-faça.
Mais tarde, chego na casa dos meus pais e vejo uma cena que não via há muito tempo - toda a família reunida, meus irmãos numa disputa acirrada de futebol no videogame, o Martín correndo para todos os lados e um clima incrível de alegria. Sim, alegria. A casa dos meus pais é muito grande e normalmente vazia, as pessoas estão sempre de passagem por aqui. Mas ontem senti algo realmente diferente e que parecia contagiar a todos. Nada como bastante distância e ausência para que a gente perceba a importância das pessoas na nossa vida.
E esse Carnaval, que prometia horas de televisão e sono, vai ser animado. Não no sentido de que vou cair no samba. Mas de que estou com olhos e ouvidos abertos pra navegar no meio das insanidades tão próprias desse feriado através das belas sutilezas de coisas aparentemente comuns, o que torna totalmente desnecessário afogar-se em alegria artificial.  

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Outro dia fui apresentada pela Beta a um tumblr chamado "Celebrity close-up". Dele constam fotos infelizes de celebridades em, aham, "alta definição", mostrando imperfeições, linhas de expressão e todo tipo de problema facial que nós, meros mortais, vira e mexe estamos correndo pra consertar ou prevenir. Afinal, celebridade também é gente!
A reflexão que veio em seguida foi: bom, a gente também é gente. Ficamos surtadas correndo para lá e para cá, preocupadas em fazer limpeza de pele, usar anti-aging e outros paramentos todos para ficarmos minimamente parecidas com pessoas que... Bem, são gente como a gente? Isso prova que querem realmente que corramos atrás de uma perfeição inatingível.
Sei que é chover no molhado discutir a pressão do marketing e da mídia para que a mulher seja compulsoriamente adequada a padrões de beleza (ser bonita é outra coisa, que vem da alma, não é isso aí não). Mas a busca da perfeição impossível é algo pra pensar, né? Denota, como sabemos, um tanto de falta de personalidade e outro tanto de muito tempo em frente à TV ou em sites de variedades.
Na Europa têm sido proferidas interessantes decisões impedindo indústrias de cosméticos de photoshopar as estrelas de seus anúncios. Claro, é propaganda enganosíssima. Mas pode ser reflexo de uma tomada mínima de consciência que pode ter atingido a sociedade (afinal, essas decisões só começaram a pipocar agora e a propaganda enganosa vem atravessando as décadas), agora mais voltada para a importância mínima de cada personalidade perante o mundo. Tô viajando muito? Gostaria de não estar.
Ainda vai levar um tempo até que estejamos todos totalmente desconectados da necessidade de ídolos. Mas, enquanto ainda estamos precisando deles, encerro lembrando de Brigitte Bardot, que optou por envelhecer e pronto, com rugas, pelancas e tudo o mais. Ela fez isso de tão cansada que estava da imagem de sex symbol. Admito que não a seguiria nessa decisão extrema. Mas, para uma personalidade sensível, ver-se como objeto 24 horas por dia e manter essa imagem o tempo todo não deve ser fácil. Ela chutou o balde e quis uma vida absolutamente normal; as demais celebridades, como pudemos ver no tumblr, também dão umas escapadinhas de vez em quando para a situação dos reles anônimos. A gente também pode ter nossos dias de celebridade e nossos dias de anônimo, viu, indústria dos cosméticos?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Nestes tempos de too much information, chega uma hora em que não sabemos muito mais o que pensar. É tanta gente que acha isso e aquilo que o nosso próprio achar fica descompensado.
Não precisa ficar lendo todos os jornais e sites de notícias. Uma passadinha no Facebook ou no Twitter já mostra isso. Todo mundo quer convencer todo mundo da sua verdade. O noticiário é mais comentado nas timelines do que na própria imprensa. Se o sujeito resolve levar a sério cada detalhe de cada argumento, fica doido, perde a noção da realidade.
Eu tava entrando nessa onda e me senti por várias vezes pisando em gelatina mole, porque não é fácil dar conta do fluxo de informação. E tenho uma mania sagitariana danada de sempre querer chegar na verdade. Mas confesso que fazia isso também um pouco por influência daquele pensamento muito em voga de que a gente tem que ser perfeitinha inclusive nas opiniões (inevitável pensar em "Fitter happier", do Radiohead: "an empowered and informed member of society").
Mas tudo muda todo dia, com rapidez tão grande que a gente esquece facilmente o viral de ontem. Não dá pra ser perfeito nesse ponto (aliás, em ponto nenhum), sob pena de não se saber mais onde está a realidade e onde está a invenção da cabeça dos outros. O resultado, usando uma imagem forçada, é como se a gente ficasse em dúvida sobre se jogar do penhasco ou não, porque não sabemos se fomos nós mesmos que decidimos isso ou se falaram tanto que acabamos fazendo. É justamente ao contrário do que eu procuro. Não se chega na verdade.
Mas será que eu chegaria na verdade, anyway?     

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Texto meu sobre Netuno em Peixes, no blog da Binha Martins:
http://grandearte.blogspot.com

sábado, 14 de janeiro de 2012

Na véspera de Natal tive um sonho louco. Andava por um caminho escuro até ver uma luz ao longe. Luzinha meia-boca, mas tava valendo.
Tinha uma pessoa ali. Fui chegando perto, perto, perto... E pasmei quando vi a criatura.
Era eu mesma. Mas não era como olhar no espelho. Imaginem aquela louca que era interpretada pela Helena Bonham Carter nos filmes do Harry Potter, mas com cabelo curto e escorrido. Ela ria da minha cara como se tivesse ouvido piada do Costinha.
Achava graça porque eu deixava pra lá quando, por exemplo, alguém vinha pela milionésima vez "avisar" algo achando que eu não soubesse, com falsa modéstia; quando eu decidia não me vingar de alguém que fazia algo com o que nao concordava; quando eu devolvia troco que veio a mais... E assim por diante.
Claro que ela fazia tudo pelo avesso. Fazia umas coisinhas ainda piores. Mas sabe o que foi o mais louco? Achei legal isso! Era como se eu desabafasse desejos maus que o superego bloqueia pelo treino, pela educação.
Acordei assustada e sem entender direito. Nestes dias me peguei pensando muito nisso de novo, porque ouvi demais sobre a sombra e o lado negro da personalidade, que todo mundo tem mas que fica escondidinho. Essa conclusão de que alguma coisa driblou o superego para que esse sonho aparecesse só veio agora, porque, naquele momento natalino, a coisa foi tão perturbadora que a mandei para as catacumbas da mente, de onde ela veio.
Pensei que a dita sombra estava fazendo um esforço para se mostrar, maior do que nunca. Isso me preocupou, especialmente porque eu ainda tenho (e admito) preocupação exagerada com o que as outras pessoas pensam de mim. Imagina se isso estivesse transbordando e o ascendente Libra aqui não se comportando direito, que feio! Sem falar que tem todo aquele lance de freio social e de correção espiritual, que martela um monte na cabeça numa hora dessas.
Ok, essa manifestação (se ela pode ser considerada assim) deve ter ocorrido por um motivo. A minha sombra nunca se mostrou, ao menos não de forma ostensiva. Ela parecia querer que eu estivesse consciente da sua existência.
Consciente! Por mais assustador que tenha sido me ver vestida de bruxa má pós-moderna, isso não deixa de ser uma vantagem. Pra mim ficou claro que ainda tenho que comer muito feijão antes de me considerar uma pessoa evoluída, que realmente vibra numa oitava superior. Não revidar provocações, não me vingar de ninguém, não enganar ninguém seriam mais consequência da boa educação que tive do que expansão do que realmente vai na minha alma? Isso tem sido uma espécie de prego afiado que tem me pinicado muito esses dias, de um jeito bem dolorido. Mas ter essa consciência facilita muito o começo de um trabalho para reverter esse quadro, porque sei que tenho de transformar possíveis condicionamentos sociais em sentimentos de alma.
Transmutando condicionamentos em sentimentos, também posso extirpar a preocupação com tudo-que-os-outros-vão-dizer. O condicionamento serve de muleta social; o sentimento sincero simplesmente acontece e não procura aprovação.
Hmmm, acho que agora entendi o que Don Juan queria dizer quando afirmou ao Castaneda que "nada importa"...


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

New York Diaries, last chapters

No meu último dia inteiro em New York, fomos ao Riverside Park, perto da casa do Pedro e da Letícia. Além de ser muito bem cuidado e bonito, o parque é interessante porque margeia o Rio Hudson - é, portanto, um parque "comprido", esticado, não quadrado ou redondo como estamos acostumados.
Lá pude perceber que o Martín continua praticando o bom e velho soccer, bem como continua parando o jogo para ver os aviões...
Depois de um suculento sanduíche de rosbife no Lenny's (uma rede de lanchonetes conhecida pela comida saborosa), fui com o Renato e a Mariana para o Brooklin, para conhecer a famosa ponte.
Mas antes fomos passear na Brooklin Heights Promenade, que também é um clássico de New York. No final da tarde, então, fica charmoso demais. Novos ângulos para se ver Manhattan...

As imediações são tranquilas, com aqueles predinhos baixos estilosos. Mas, segundo o Pedro, apenas esse trecho do Brooklin é bacana; o resto está meio degradado.
Conforme nos aproximávamos da Ponte do Brooklin, ia juntando mais gente. Turistas, claro. Todo mundo tirando foto a torto e a direito. A pista da ponte era dividida em duas faixas, uma para pedestres e outra para ciclistas. Mas o povo usava na cara dura as duas pistas, o que deixava os bikers (todos locais) passados. Eles começavam a "buzinar" com aqueles chocalhos de bicicleta e gritavam "bike path" o tempo todo. Mas não adiantava muito... (No trecho abaixo a coisa ainda não tava tensa.)
Um trecho da ponte estava em reforma e não dava para ver direito a paisagem, mas, depois, mais para perto de Manhattan, as "vendas" caíram. Conforme o sol foi se pondo, a paisagem foi ficando cada vez mais linda.
Depois de passarmos por uma massa de turistas enlouquecidos, chegamos a Manhattan. Me despedi dos meninos e peguei o metrô para Upper West Side.
Chegando na minha "casa" novaiorquina, tive de começar a fazer as malas. E pensava que Deus podia causar algum delay que me permitisse ficar um pouquinho mais! Isso foi um sinal de que a viagem foi boa. Mas não rolou vulcão causando na Argentina nem chuva paralisando o tráfego aéreo em São Paulo; então eu tinha mesmo que ir.
Cheguei em São Paulo na noite do dia 2, toda amassada, com saudades de New York, mas foi reconfortante ver meus pais, mostrar as fotos e entregar os presentes. Ter família espalhada pelo mundo é legal para quem adora viajar, como eu; porém, há o lado ruim, de não poder juntar todo mundo no mesmo lugar. Mas acho que eu me acostumo!

Destaques aleatórios
*Quando o Martín estava jogando bola no Riverside, ganhou a companhia de dois menininhos, um da idade dele e outro um pouco mais velho. Só o mais velho jogava... E o Martín insistia em tirar a bola do gol quando estava prestes a fazer um.
*Dúvida cruel: afinal, o que eram todos aqueles cadeados presos nas vigas da Ponte do Brooklin? Simpatia de Ano Novo?
*Foi indo para o JFK que tive a única conversa em espanhol da viagem, com o taxista (equatoriano). Achei que isso aconteceria com mais frequência...