segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Passei o final de semana vendo um documentário sobre o real sentido das profecias maias sobre o que vai acontecer em 21 de dezembro além do meu aniversário. E, bem, tinha tudo a ver com o que eu acredito: vai se abrir um portal para uma mudança feroz de mentalidade na Terra, e só vai se dar mal quem não estiver na vibe. Ou seja: nada de destruição em massa ou desgraceiras hollywoodianas, a menos que a maioria da humanidade não dê conta de que os atuais modelos nos quais se sustenta a sociedade estão falidíssimos, coitados. (Tendo em vista o tanto de gente que trabalha pelo desenvolvimento espiritual do planeta, eu espero sinceramente que vai dar tudo certo...)
Daí liguei a TV pra assistir enquanto jantava e dei de cara com um outro documentário, mais doomsday impossível, dizendo que os maias tinham previsto o fim do mundo e ponto final. Que a partir de 21 de dezembro ia começar o festival das desgraças, queira a sociedade se renovar ou não.
Para além da discussão sobre o significado do que quer que os maias tenham dito, me assusta demais isso de a mídia ficar insuflando o pessimismo e o terror. OK, qualquer telejornal faz isso toda noite, alguém vai dizer. Mas só porque todo mundo faz quer dizer que está certo? Ainda mais neste país, em que as pessoas são criadas sem nenhum estímulo ao desenvolvimento do senso crítico. E mais ainda se considerarmos que as notícias ruins não são contrabalançadas com notícias boas, pras pessoas verem que tem de tudo nesse mundo. De bom e de ruim.
Mas tem quem argumente que não adianta, que o que as pessoas querem ver na TV é desgraça. Será? Pode até ser, se considerarmos que interessa a uns poucos que essas pessoas sem senso crítico fiquem amansadas, pensando que são vítimas, quando na verdade são senhoras do próprio futuro. (Só que se as pessoas se derem conta disso vão revolucionar o planeta... E não é isso que uns e outros querem, né?)
Responsa grande essa de transmitir informação. Nem eu escapo dessa; ser astróloga mexe mais com a vida das pessoas do que se pensa, não é esse gramú que o povo acha. Mas pelo menos eu não faço minha pauta pensando que o que o povo quer é ouvir que vai achar o amor da vida amanhã. Porque a realidade é múltipla, cheia de possibilidades... E é com essa multiplicidade que todos nós devemos aprender a lidar todos os dias.
(Bateu uma vontade de sabotar uma pauta de telejornal...)

domingo, 16 de setembro de 2012

Sábado na balada. Até aí, tudo bem: foi divertido, estava com amigos queridos e num ambiente mais do que conhecido. Mas alguma coisa estava diferente.
Eu estava com um outfit elegante demais para uma balada do centro de SP. E só fui me tocar quando vi o naipe da mulherada do local.
Muitas pessoas de 40+ vestidos como meninos de 20.
A menina do caixa diz que é vantagem comprar a entrada de R$ 80 porque a consumação está incluída. Claro, compensa pra quem bebe álcool. O que não é o meu caso. (E eu fiquei com a entrada de R$ 30 mesmo.)
Há uns poucos anos atrás, isso tudo teria passado batido. Estaria com roupas modernosas, não ligaria para os tiozões Sukita e compraria a entrada de R$ 80.
Mas percebi que, não obstante uma balada de vez em quando seja boa para o moral (parafraseando Rita Cadillac), não é mais imprescindível. Me senti meio mulherão no meio de um monte de crianças... E prefiro crianças de verdade a adultos Peter Pan.