domingo, 23 de outubro de 2011

Diz a lenda que agora começa o meu inferno astral, a época em que o povo de Sagitário deve passar tudo a limpo pra começar bem o novo ano. Eu já comecei hoje a retrospectiva 2011 e, devo dizer, tem muita coisa que não gostei de ver. Um padrão que pude perceber foi o de ter permanecido muito passiva, talvez por, sei lá, estar muito apavorada com o monte de coisas que despencou na minha cabeça.
Em algumas coisas eu poderia ter chutado o pau da barraca antes e ter feito um novo começo logo, o que poderia ter feito com que eu sofresse menos. Em outras, algumas atitudes poderiam ter sido mudadas a tempo, antes que o pânico se instalasse. Mas, como dizem, tudo tem de ser quando tem de ser, e talvez eu não tivesse percepção, discernimento ou mesmo conhecimento para entender algumas questões, especialmente se considerada a velocidade com a qual alguns fatos se desenrolaram.
E, olhando com olhos de agora, pude perceber que mesmo assim eu fui ajudadíssima e amparadíssima, conseguindo aos poucos abrir uma clareira no meio da floresta, de forma a construir um novo caminho.
Compartilho com vocês as primeiras conclusões da retrô, porque são reflexões que de repente podem ajudar outras pessoas... São as seguintes:
1. Em alguns momentos a pessoa forte e dona do destino que às vezes eu incorporo sumiu, por conta daquela passividade de que falei. O medo se instalou e eu não tinha nem vontade de me impor. E quando a gente não é o que a gente é, já viu: ferrou. Ser eu mesma é o primeiro desafio.
2. Cada dia é um dia e deve ser vivido ao máximo. Isso não deve ser lido como sinônimo de se acabar por aí na balada, mas de carpe diem bem profundo com pendências e coisas que quero concretizar. Às vezes tenho a desagradável mania de tentar abafar o que não está bem por acreditar que no dia seguinte tudo estará melhor. Só que o dia seguinte depende das nossas ações no dia anterior. Colocar o dedo na ferida é estritamente necessário.
3. Um tema que se repetiu muito nos últimos dois meses, mas mais especialmente neste outubro, foi o poder feminino. Não a perspectiva feminista de que as mulheres devem se igualar literalmente aos homens, mas de que elas devem cultivar o que têm de diferente justamente para que possam complementá-los. Dizem que a força da mulher está no seu interior, no seu acesso aos mistérios, e não na racionalidade e na disputa, que é coisa de menino. Ainda não sei direito como vou fazer isso, como incorporar essa força feminina no que faço. É confuso para uma pessoa que sempre ouviu que tinha que "lutar" para conseguir algo pensar em termos de coisas abstratas e não racionais. Até tenho sensibilidade e senso estético - mas numa sala de concerto, num museu, não no dia a dia. Estou num período de adaptação, nesse sentido. E sinto que essa força pode proporcionar o breakthrough de que estou precisando tanto.
Por enquanto é isso. Tem o mês de Escorpião inteiro pra pensar mais. (E descobrir mais!)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Um texto que escrevi sobre a deusa egípcia Nut foi publicado no blog da Binha Martins (grandearte.blogspot.com). Se interessou... Vai lá.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Eu tenho contato com a espiritualidade por laços de sangue. Minha família tem um monte de médiuns e pessoas de energia forte, para o bem e para o mal. Mas eu nasci com uma configuração astral extremamente racional; isso fez com que eu tivesse poucas experiências místicas na vida, muito embora eu compreendesse e aceitasse com facilidade os conceitos em que elas se baseavam.
Racional: não é o disco do Tim Maia nem um integrante daquela banda de rap. É uma ferramenta que me ajudou demais até agora na vida. Mas sabe quando você sente que chegou no "top dos top", parafraseando o grande filósofo Joaquim Roriz? Num limite do que você podia fazer com a mente? E sente a necessidade de abrir a mente para outras ferramentas?
E outra. O biênio 2010-2011 tem sido infernal, com um teste de fé atrás do outro. Saber que existe apoio e todo um mundo à parte desta materialidade sem respostas é uma coisa; ter contato real e usufruir dos benefícios desse contato é outra bem diferente.
Então percebi que era necessário estabelecer um contato mais consolidado com o subconsciente. Eu só conseguia fazer isso de verdade quando montava mapa astral e era obrigada a soltar a intuição para interpretar a configuração da pessoa - mesmo sendo um ser que nunca ficou totalmente alheio ao espiritual e sempre andava pra lá e pra cá com um livro sobre o tema.
Mas parei de fazer mapa (muito por acúmulo de trabalho), e o único estímulo real que eu tinha parou.
E agora me propus a puxar o fio de Ariadne pra reencontrar o caminho. Comecei a fazer decoração com vela em casa. Não vou ter medo de me soltar nos momentos de concentração no centro espírita. E estou estudando (a fundo) radiestesia e magia ancestral.
Já sinto alguns efeitos ainda sutis, mas imediatos, como me lembrar de todos os sonhos de todos os dias (o que não acontecia comigo há anos) e até previ pequenos eventos ontem.
A premissa básica disso tudo é: o nosso Eu interior é um guia muito mais confiável do que a racionalidade. Nos momentos de dificuldade - e, em especial, nestes trash que têm aparecido pra mim um atrás do outro -, a mente às vezes se encontra num beco sem saída. Então... É preciso chamar alguém que saiba mais do que os universitários.
E o meu objetivo é apenas colocar a minha vida em ordem. Só isso. Não tenho pretensões de virar a grande profetisa ou salvadora da humanidade. Isso parece egoísta, mas é bem o contrário. Não posso estipular grandes metas de alcance amplo se não estiver equilibrada. Bom, ninguém pode.