terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mosquitinhos

Os mosquitinhos voam ao redor da lâmpada acesa de noite e, cegos por ela, perdem o rumo. Quando tentam sair da sala, batem no vidro, mas estão tão atraídos pela luz que ficam em conflito: não sabem se vão ou se ficam.
Muita gente é como esses mosquitinhos. Para elas é quase impossível se desgrudar de uma pessoa, um vício, uma mania, do trabalho, da atividade. Eu mesma tenho os meus momentos de mosquitinho.
Tem também os obstinados que não percebem que na verdade não têm nenhum objetivo. Eu até respeito os obstinados, porque a insistência pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso. Mas tem gente que joga sua meta bem lá em cima pra não alcançar nunca. É um tipo de mosquitinho que vai até a janela, fica de frente do vidro aberto, mas não sai por ela.
A humanidade está, então, mais perto dos mosquitinhos do que pensa. A diferença é que o homem precisa ir até a luz (ainda que seja luz no sentido abstrato), enquanto os mosquitinhos precisam se livrar dela. Só que me assusta o jeito como, tanto num como noutro caso, todo mundo se compraz com a ilusão.
Olha, eu nem me excluo disso. Não tô falando como se eu fosse o ser mais iluminado do planeta, pregando para os rebanhos. Mas, por mais que eu esteja tão presa como todo mundo, eu tô tentando me soltar (é difícil, mas continuo tentando). A maioria das pessoas parece que não percebe o espaço aberto depois que se ultrapassa a janela.
Eu penso que há um campo aberto inexplorado em termos de conhecimento e de capacidades. Mas vai saber se a coisa não é maior do que isso.
E é preciso um tanto de coragem pra sair pela janela, também.

domingo, 12 de outubro de 2008

Descobertas

Relacionamentos são estranhos. Quando você acha que está tudo bem, é justamente aí que as coisas não vão bem!
Bom, era isso que estava acontecendo comigo e o Eduardo. E olha que a gente só tá se vendo de 15 em 15 dias. Mas a coisa do "está tudo bem" é um índice de conformismo, ou ainda achar que não há mais nada a descobrir da outra pessoa. Não que eu não goste dele, muito pelo contrário; mas é que fiquei achando que não precisava mais descobrir nada dele, que não rolava mais surpreendê-lo porque parecia já saber tudo que ele gostava.
Gozado... Eu não podia estar mais enganada. De cara ele achou o máximo eu estar mais "feminina". Segundo ele, esse negócio de trabalhar demais e ficar muito competitiva me deixou masculinizada! Vestir um vestidinho, mesmo no frio, e circular pela casa de legging e blusa colada e não de pijama de moletom fez uma baita diferença na apreciação do moço. Nem fizemos nada de mais, só saímos pra jantar, mas o final de semana foi muito divertido, justamente porque o senti mais próximo, mais animado.
Sem querer eu estava entrando naquela coisa de casal casado que se acostuma à rotina. "Ah, ele gosta de mim, então não preciso fazer nada pra chamar a atenção". Ih, precisa sim. O que vou dizer é um lugar-comum de revista feminina, mas é a pura verdade: as pequenas coisas são as que prendem o cara. Eles gostam de atitude...
O que me deixa mais passada é que já estou com trinta anos na cabeça - enfim, já devia estar careca de saber isso. Vivendo e aprendendo. Sempre é tempo pra fazer ainda melhor.

sábado, 4 de outubro de 2008

Home

Veja o que eu vejo quando estou escrevendo.

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