sábado, 29 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012: a virada da maré

Tem um trecho em O Senhor dos Anéis em que o Gandalf diz que acontece a virada da maré - the turn of the tide. Acho que é quando o castelo do Saruman é destruído em As duas torres, não tenho certeza. E foi a frase que me veio à cabeça quando peguei o computador pra escrever esta retrospectiva.
Se 2011 foi o ano em que o raio caiu na minha Torre com tudo e eu caí lá de cima sem ter tido tempo de anotar a chapa do caminhão, 2012 foi a reconstrução da Torre. Seguindo a sequência do tarô, pra mim foi um ano bem Estrela, de sempre acreditar que no final do túnel tem a luz. E alguns fatos desenharam essa reconstrução e mostraram que o que a minha Torre precisava era de um projeto novo, porque o antigo não servia mais!

1. Foi o ano em que eu me voltei com mais força para a espiritualidade. Perdi até as contas de quanta coisa aprendi. Às vezes a espiritualidade é associada a isolamento, mas no meu caso ela acabou me jogando mais no mundo. Conheci muita gente nova e fui levada a ensinar e ajudar. O projeto de que eu já participava no ano passado, das aulas de educação mediúnica, ganhou um novo gás; achei que as minhas aulas foram bem melhores, eu estava mais fluente e segura.

2. Foi o ano em que "saí do armário" em relação à astrologia. Eu estudo astrologia há mais de dez anos, faço mapas há quatro, mas só neste ano parei de usar meu conhecimento como uma mera "concessão de palpites" sobre a personalidade de alguém com base no signo do Sol. Comecei a acompanhar o céu e a ficar mais consciente das energias envolvidas em determinado tempo - no que a cosmologia também veio me ajudar.

3. Foi o ano em que a minha vida acadêmica também ficou importante e relevante. Terminei o mestrado, comecei o doutorado, as ideias não param de fervilhar na cabeça e sei que ano que vem elas vão ter de virar realidade. A empolgação é grande e sinto uma identificação com o estudo de uma forma jamais vista. Sei que nunca teria sentido isso se um belo dia não tivesse tido o insight de prestar vestibular para Letras, depois de anos tentando firmar uma carreira acadêmica no Direito.

4. Foi o ano em que, não obstante eu tenha encarado vários momentos sozinha (pelo fato óbvio de morar sozinha), me senti mais amparada e acompanhada. Física e espiritualmente. Começaram a surgir amigos dos lugares mais inimagináveis - o que também me concedia uma certeza de que eu estava seguindo pelo caminho certo.

5. Foi o ano em que descobri um mundo emocional que ficava relegado a segundo plano por conta das minhas atividades eminentemente racionais e práticas. Ao longo de todo o ano, talvez por consequência da ligação com a espiritualidade, foi aparecendo uma sensibilidade que estava ali precisando ser acessada. Ela foi se desdobrando mais no cuidado comigo mesma, de ser gentil, em primeiro lugar, comigo mesma, especialmente com a revelação de inúmeros complexos de culpa e dores que eu guardava e nem sabia! Acho que é natural que, mais tarde, ela se desdobre de forma mais ampla.

6. Foi o ano em que estive em movimento de uma forma que jamais havia acontecido. De manhã estava em Vinhedo, mas à noite poderia estar em Campinas, ou em São Paulo, e isso rolava de uma forma muito natural, como quem sai de casa pra visitar o vizinho. Sem falar que comecei o ano em Nova York, e em novembro estava em São Thomé das Letras, dois lugares muito diferentes entre si.

7. E foi o ano em que parei de beber álcool e de comer carne. Nunca fui de beber muito, mas virar vegetariana foi algo que me pareceu que eu já deveria ter feito antes.

Resumindo, foi um ano muito bom, muito de reajustamento mesmo. Preparando novas bases. Pelo jeito, 2013 vai ser o ano da estruturação dessas bases...

E que você tenha também um 2013 cheio de coisas boas, de realização de sonhos e estruturação de bases!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Diários de São Thomé

Férias de sagitariano é com pé na estrada. Não tem jeito. E desta vez segui para um destino completamente oposto ao anterior, Nova York: São Thomé das Letras, lá escondida depois de Três Corações (vulgo terra do Pelé), perto do trecho da Estrada Real que passa por Minas Gerais.

1. A cidade

São Thomé é conhecida por ser um destino usual de um povo mais para alternativo e é chamada "uma das sete cidades sagradas". Evidentemente, isso é explorado comercialmente, como se pode ver das infindas lojinhas de artesanato que vendem roupas indianas e objetos voltados para a prática mística. Mas devo reconhecer que eu fiquei mesmo mais sensível, com a percepção mais fina (não sei se pelo fato de estar lá ou por estar mais em contato com a natureza).
Lá se vive também de extração de pedras. Também, olha só a fonte...


Mas o que chama a atenção do nerd, com certeza, é a estrutura da cidade. As calçadas de pedra aproveitam a estrutura geológica do solo e criam desenhos sinuosos no chão.

As mesmas pedras são utilizadas para construções, como esta igreja. Nas construções as pedras são aproveitadas no formato retangular, empilhadinhas. As casas construídas com esse padrão são muito características.

A cidade é rodeada de natureza. Infelizmente a chuva e o frio não permitiram que eu conhecesse as tão faladas cachoeiras de lá. Mas a vista do ponto mais alto da cidade... Hmmm, não tem dinheiro que pague.



E a montanha? Ah, a montanha... Só de pensar nela fico arrepiada. Chega-se lá por estrada de terra e um tanto de caminhada, mas vale muito a pena. Dispensa comentários a vista da varanda da Flavia Mariana Klc, que mora lá.

As plantas, à primeira vista, parecem comuns - mas dentro do conjunto há umas singelezas interessantes...

 






Quanto à fauna... Muitos insetos interessantes, com destaque para estes dois: um besouro cerambicídeo e uma içá, rainha da saúva (agradeço ao prof. Mário Viaro, linguista de carreira e zoólogo amador, por ter identificado as criaturinhas via email).




E no meio disso tudo tem tecnologia! Presumo que isso seja uma antena!


Comi bem lá, o lugar tem muitas opções vegetarianas. Desde um hamburger vegetariano delicioso até um estrogonofe de soja muitíssimo bem servido, tudo é muito gostoso e barato. E, no final da viagem, conheci os pães e geleias da Regina, feitos em casa e cheios de sabor.

 

OK, tudo muito bom, mas... Afinal, o que é que eu fui fazer lá? Sim, fui recarregar as baterias, mas o objetivo maior era estudar uma técnica de análise de personalidade que me deixou de olho arregalado desde que me foi apresentada pela Binha, a cosmologia.

2. A cosmologia

Na verdade, a cosmologia - se entendi bem - é uma análise da composição energética do indivíduo e de como as energias interagem para formar o caráter e moldam as atitudes da pessoa. Ela se utiliza de elementos da astrologia, mas articula suas análises de forma bem distinta.
Passei quatro dias estudando com a Flavia, me embananando um pouco nas nuances - ainda preciso estudar e treinar um tanto -, mas já percebi o quanto o meu conhecimento ficará enriquecido. A cosmologia também admite a elaboração de mapas como a astrologia, mas não considera apenas o momento do nascimento, incluindo na visualização a concepção e os momentos da gestação nos quais se estabelecem a percepção e o sentimento.
O mapa cosmológico também é bem diferente do mapa astrológico; ele tem uma abrangência incrível, não obstante seja mais simplificado na sua representação.
E a cosmologia também analisa a energia de cada dia. Cada dia é regido por um tipo de energia específico que é matizada pela que resulta dos aspectos entre os planetas. Parecido com a astrologia, mas não é a mesma coisa. Conforme eu for ficando mais craque na análise, vou começar a incorporar isso nas minhas leituras diárias de astrologia pra vocês sentirem como é.
Nossos estudos também tiveram um aprofundamento no jogo das pedras, uma prática de organização mental simplesmente espetacular com a qual venho lidando há um tempo. Eu e Binha aprendemos uma forma de lidar com o jogo com base em nossos respectivos mapas cosmológicos. E aprendemos um jogo novo a partir de uma vivência conduzida pelo Davi que mostrou os caminhos pelos quais estamos seguindo.

3. E agora?

Agora não sei! No momento só sei que tive aquela desvinculada da rotina, que é ótima para os períodos de férias realmente valerem a pena. O conhecimento que obtive ainda precisa ser processado, aplicado... Hmmm... Aguardem desdobramentos.
Também senti que essa viagem arrematou um chamado forte para uma vida simples. Não acho que viveria na montanha, a exemplo da Flavia e de outras pessoas que conheci lá. Mas lembrei que ao longo deste ano tirei nada mais, nada menos que o equivalente a cinco sacolas grandes de roupa do armário. Precisa tanta roupa? Claro que não. Comer também não precisa ser um evento com cobertura da Globo. Basta sabor e saúde. Tá bom. Lembrei também da casa do Stupa, em plena São Paulo mas que tem apenas o estritamente necessário.
E tem a parte da responsa. Quem tem conhecimento precisa repassar. E preciso ver como, quando e onde fazer isso.



sexta-feira, 12 de outubro de 2012


Ruminando sobre aquela frase de Jesus sobre termos a pureza do coração da criança, me veio à mente o quanto nós, adultos, somos "programados para matar".
Evidentemente, essa programação não necessariamente segue no sentido literal. Mas o fato é que, a partir de uma certa idade, começamos a ser bombardeados com uma série de informações e vamos entupindo o coração puro de poluição e de porcariada. A falta de amor e de respeito entre as pessoas e os valores da sociedade é que fazem isso com a gente.
E aí, quando chegamos a uma outra certa idade, começamos a ficar cheios de saudosismo pensando que "no nosso tempo tudo era melhor". Ressentidos, descontamos frustrações nos outros, ou mesmo em nosso próprio corpo (ficando doentes), e nos arrastamos pelo resto de nossas vidas como se carregássemos um fardo e não uma vida que só depende de nós mesmos para ficar melhor. Portanto, o que torna nossa vida melhor ou pior é o nosso coração, e o das crianças, via de regra, ainda não está tão traumatizado.
Aliás, tenho sérias dúvidas sobre se a vida quando eu era pequena era melhor. Era a mesma coisa ou até pior. Os brinquedos tinham pontas afiadas e a bala Soft podia engasgar. O Brasil estava bem longe de ser pop como está hoje, disputado para investimentos internacionais e escolhido para sediar uma Copa e uma Olimpíada. A tecnologia era tosca de doer. E era muito mais difícil conseguir informação.
Cada dia é um dia, com sua própria preocupação, como dizia o poeta. A noção de passado e de futuro só existe na cabeça dos homens. Lembrar disso é fundamental para que nos arrisquemos menos a "matar" a nossa própria vida com crenças erradas.
E daí me vem a ideia de que Jesus, na verdade, queria dizer que sempre devemos estar tranquilos e nunca fazer drama. Que devemos dar atenção aos outros da mesma forma, independentemente dessas pessoas terem feito o bem ou o mal para nós. Que o que aconteceu no passado aconteceu e pronto, acabou. A criança age assim.



segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Passei o final de semana vendo um documentário sobre o real sentido das profecias maias sobre o que vai acontecer em 21 de dezembro além do meu aniversário. E, bem, tinha tudo a ver com o que eu acredito: vai se abrir um portal para uma mudança feroz de mentalidade na Terra, e só vai se dar mal quem não estiver na vibe. Ou seja: nada de destruição em massa ou desgraceiras hollywoodianas, a menos que a maioria da humanidade não dê conta de que os atuais modelos nos quais se sustenta a sociedade estão falidíssimos, coitados. (Tendo em vista o tanto de gente que trabalha pelo desenvolvimento espiritual do planeta, eu espero sinceramente que vai dar tudo certo...)
Daí liguei a TV pra assistir enquanto jantava e dei de cara com um outro documentário, mais doomsday impossível, dizendo que os maias tinham previsto o fim do mundo e ponto final. Que a partir de 21 de dezembro ia começar o festival das desgraças, queira a sociedade se renovar ou não.
Para além da discussão sobre o significado do que quer que os maias tenham dito, me assusta demais isso de a mídia ficar insuflando o pessimismo e o terror. OK, qualquer telejornal faz isso toda noite, alguém vai dizer. Mas só porque todo mundo faz quer dizer que está certo? Ainda mais neste país, em que as pessoas são criadas sem nenhum estímulo ao desenvolvimento do senso crítico. E mais ainda se considerarmos que as notícias ruins não são contrabalançadas com notícias boas, pras pessoas verem que tem de tudo nesse mundo. De bom e de ruim.
Mas tem quem argumente que não adianta, que o que as pessoas querem ver na TV é desgraça. Será? Pode até ser, se considerarmos que interessa a uns poucos que essas pessoas sem senso crítico fiquem amansadas, pensando que são vítimas, quando na verdade são senhoras do próprio futuro. (Só que se as pessoas se derem conta disso vão revolucionar o planeta... E não é isso que uns e outros querem, né?)
Responsa grande essa de transmitir informação. Nem eu escapo dessa; ser astróloga mexe mais com a vida das pessoas do que se pensa, não é esse gramú que o povo acha. Mas pelo menos eu não faço minha pauta pensando que o que o povo quer é ouvir que vai achar o amor da vida amanhã. Porque a realidade é múltipla, cheia de possibilidades... E é com essa multiplicidade que todos nós devemos aprender a lidar todos os dias.
(Bateu uma vontade de sabotar uma pauta de telejornal...)

domingo, 16 de setembro de 2012

Sábado na balada. Até aí, tudo bem: foi divertido, estava com amigos queridos e num ambiente mais do que conhecido. Mas alguma coisa estava diferente.
Eu estava com um outfit elegante demais para uma balada do centro de SP. E só fui me tocar quando vi o naipe da mulherada do local.
Muitas pessoas de 40+ vestidos como meninos de 20.
A menina do caixa diz que é vantagem comprar a entrada de R$ 80 porque a consumação está incluída. Claro, compensa pra quem bebe álcool. O que não é o meu caso. (E eu fiquei com a entrada de R$ 30 mesmo.)
Há uns poucos anos atrás, isso tudo teria passado batido. Estaria com roupas modernosas, não ligaria para os tiozões Sukita e compraria a entrada de R$ 80.
Mas percebi que, não obstante uma balada de vez em quando seja boa para o moral (parafraseando Rita Cadillac), não é mais imprescindível. Me senti meio mulherão no meio de um monte de crianças... E prefiro crianças de verdade a adultos Peter Pan.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Melhor é impossível

As melhores coisas da vida, sem dúvida, estão nos pequenos detalhes.

Hoje, defendi minha dissertação de mestrado, fui aprovada, e tive um resultado concreto de um trabalho de dois anos e meio. Um verdadeiro parto, que, evidentemente, valeu a pena e só alimentou ainda mais o meu vício pela pesquisa e o amor pelas letras.

Mas tudo isso teria sido protocolar e sem colorido se não fosse por esses pequenos detalhes.

A pesquisa foi desenvolvida com muito amor e vontade de fazer a diferença (minha modéstia é uma coisa, eu sei).

Minhas amigas-irmãs me arrastaram na véspera para uma girls' night out e dormi leve que nem uma pluma.

Aquela pessoa mais que especial ligou pra me desejar boa sorte.

Minha família estava presente na torcida à la Morumbi no clássico.

Todos esses pequenos eventos somados ao grandão é que fizeram o dia de hoje especial. De minha parte, só posso mesmo expressar a imensa, enorme gratidão por ver a vida querendo que eu viva leve, feliz e realizada. Melhor que isso, só dois disso!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Propaganda enganosa

Quando eu tinha 15 anos e lia Capricho, fui habilmente convencida de que a vida adulta me traria segurança e firmeza. Evidentemente, isso estava condicionado a ter e ser várias coisas que a revista dizia que eram cool. Mas mesmo assim ficou a ponta de certeza de que, depois dos 21 anos (naquele tempo a maioridade legal vinha depois dos 21) tudo seria diferente, eu seria um mulherão cheio de força e poder pra fazer o que quisesse.

Mas, bem, estou com 34 e ainda tenho umas muitas inseguranças que a maioridade não resolveu (na verdade, ela agravou algumas...). Como isso tem martelado na minha cabeça esses dias, quero compartilhar o que me pinicou e saber se isso acontece só comigo... Ou se tem mais gente passando pela mesma coisa.

1. A conquista
Atire a primeira pedra quem teve uma adolescência tranquila, na qual era muito fácil falar para o objeto do seu desejo que você estava a fim. Ou quem não se atrapalhou pra fazer isso, não se declarava das formas mais sem noção que se tem notícia. Daí você cresce um pouco mais, consegue arrumar um namorado, acha que nunca mais vai ter aquele trabalho todo... Até que o namoro termina e você se vê de novo "no mercado" da conquista e sem prática de paquera. Especialmente se seus namoros foram todos muito compridos, com anos de duração.

Bom, eu passei por essa situação algumas vezes e agora voltei a ela. E, aham, estou me sentindo com 15 anos de novo, tremendo na base na hora em que dou de cara com o cara, pulando de felicidade quando bate email, postagem no Facebook ou telefonema do sujeito e ficando com cara de tacho por não ter a mínima ideia de como acelerar a situação. Se é que dá pra acelerar: será que ele gosta de mim, Jesus???Reações nada equilibradas, nada condizentes com uma pessoa que fez duas faculdades, faz mestrado, estuda o transcendental e o oculto etc. etc. 


2. As multidões
Eu era meio tapada em multidões no final da infância e na adolescência. Fila da cantina do colégio era uma tristeza. Eu sempre ficava por último e só conseguia comer no final do recreio. Metrô das 7 da manhã, então, era tenso. O povo me carregava junto, parecia uma grande ola no Morumbi, com a diferença de que eu não sabia se ia entrar no trem, cair na linha ou voltar para a porta da estação.

Eu ainda sou tapadíssima em multidões; crescer e ser uma mulher até que alta para os padrões brasileiros não ajudou muito. Segurar lugar em show é todo um trabalho de estratégia... E o metrô, graças a Deus, não preciso mais encarar o das 7 da manhã nem o das 6 da tarde porque moro no interior, e tenho o privilégio de poder andar em São Paulo fora dos horários de pico. Mas a ola da Sé sempre está à espreita...

3. Os pronomes de tratamento
Minha mãe sempre disse que tinha de chamar os mais velhos ou pessoas com ascendência de senhor ou senhora. E aquilo ficou entranhado na minha cabeça, como uma formalidade inescapável da qual não consigo me libertar nem mesmo quando a outra pessoa pede, pelo amor de Deus, para que eu não a trate como velha (isso tá na moda hoje, o que é ótimo!).

Isso parece besta, mas tem proporções engraçadas. Só de uns tempos pra cá parei de chamar meu orientador de mestrado (pouca coisa mais velho que eu) por pronomes de tratamento sisudos. E mulheres aparentemente jovens mas que, pela condição em que estão, têm idade e ascendência acabam sendo "senhoras"... Mesmo que não queiram ser tratadas assim. Alguma coisa ainda fica dizendo pra mim que eu sou menininha sem sê-lo de verdade!


Ai, gente, como fizeram propaganda enganosa da idade adulta. Tenho maquiagem e roupa da moda, mas não tenho segurança. A Capricho me enganou! Claro, segurança e firmeza não vêm com idade... Vêm com maturidade. E essas duas coisas não se confundem.