quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Acho que por causa do tempo, os mosquitinhos estão com tudo aqui na minha lâmpada.

Daí lembrei do post dos mosquitinhos e fiquei pensando, nestas vésperas do meu níver de balzaquiana + 1, o que eu fiz neste ciclo astral que me afastou dessa situação.

Alguns vão dizer que meu último post mostra que eu me afastei bastante... Mas ainda me vejo indo na onda dos outros. Ainda que eu não me prejudique com isso, também não me ajudo ou me beneficio. É como tempo perdido.

Bom, a vida é um aprendizado, em que a gente tem que passar por várias situações pra pegar o jeito das coisas. Ok, a cada mancada a gente fica mais esperto sim. E se eu não fosse esperta eu estaria comendo poeira e sem metade das coisas legais que andei conquistando... Modéstia à parte. Mas acho isso mesmo.

Modéstia. Essa palavra é tão legal de usar quando a gente quer mostrar o quanto é bonzinho e fofinho, e também caridoso, e ainda mostra o quanto você não "se acha".

Mas isso é altamente hipócrita, porque lá no fundo todo mundo quer ser reconhecido. Não que todo mundo queira sair na Caras. Mas pensemos na hipótese mais altruísta: você no mínimo quer ver os frutos do que você faz ajudando outras pessoas, e, pra isso, você tem que ser reconhecido como um sujeito que faz coisas boas.

A coisa é tão louca que você quer parecer menos pra ser reconhecido também, mas como uma pessoa legal que deve ser amada e idolatrada. Porque ser honesto sobre quem você é de verdade, seja para o bem, seja para o mal, pode causar atrito, nem todo mundo pode concordar...

Mas não quero nem saber, porque pagar de boazinha nunca me levou a nada. Portanto, eu reconheço que devo ter um mínimo de esperteza e inteligência, sim. Um tanto de sorte (=mãozinha do anjo da guarda) e trabalho duro também entram na conta.

Olha... Reconhecer suas qualidades sem aquela modéstia falsa é sair de perto da lâmpada do "como sou legal".

Então evoluí, sim.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Começou o surto de Natal! E todo mundo começa a te puxar de todos os lados pra que você faça algo antes de o Brasil entrar em coma até o Carnaval. Até rimou. Tem que comprar presentes pra sua família e demais entes queridos ANTES das festas, quando tudo está mais caro e os vendedores mais doidos pra engordar a comissão. Ir pro shopping ou pra 25 de Março quando as pessoas nas ruas estão mais alucinadas. Fechar todos os projetos pendurados no trabalho em tempo hábil. Matar as últimas pendências da escola. Afe...
Nesses começos de dezembro é que eu mais me vejo dentro do que se costuma chamar de "loucuras da vida moderna". Eu prefiro chamar de insanidade consumista. Quem dá o ritmo das pessoas é uma data fixada arbitrariamente por uma lenda (do São Nicolau) de que você tem que ganhar presente no Natal. O pior é que o coitado do santo fazia isso por caridade, não por obrigação, ou porque a propaganda ficou lembrando disso pra ele dia e noite.
Claro que eu adoro ganhar presente. Não vou ser hipócrita a ponto de negar isso! Mas prefiro não ganhar presente a ver o povo assim tão surtado, ou ganhar de alguém que comprou de má-vontade. Gosto de ganhar de alguém que está a fim de presentear, seja qual for a época do ano (nasci perto do Natal, tô acostumada a ganhar um presente só pra Natal e aniversário...), porque gosto mais ainda de ver que alguém lembrou de mim com carinho e me considera importante. Isso aumenta a energia boa circulante, algo de extrema importância neste nosso mundo tão doido. Só isso. Olha que simples.
E se você quiser me dar presente (mas só se quiser MESMO), fique à vontade!!! Lá no meu orkut tem umas sugestões...

sábado, 22 de novembro de 2008

Hoje choveu quase o dia inteiro. Foi legal ver da janela. E foi legal também pro meu nariz (ele andava entupido, acho que por conta do tempo, que devia estar meio seco).
Eu tô sozinha agora. O Eduardo foi embora há umas duas horas, já chegou em casa. E estou terminando dois trabalhos. No sábado à noite? É. Teve o feriado (até por isso o Eduardo voltou mais cedo), eu descansei um pouco, mas fico com as obrigações martelando na cabeça.
Mas também não acho ruim. É aquela coisa dos padrões: por que tenho de sair no sábado à noite? Ou: por que o sábado à noite tem que ser um momento de ócio? Eu não tô cansada. E sou nerd por natureza. Não tenho nada contra estudar nos horários mais sem noção.
O legal dos padrões é poder quebrá-los. Nisso dá pra perceber que a vida é um fluxo, não um montão de regras que devemos seguir para parecermos legais, adequados etc. Se se tem um objetivo, não importa a hora e o jeito - desde que não se prejudique ninguém, tudo tá valendo.
Eu tenho os meus objetivos. Faço de tudo pra ir longe com eles. Mesmo no sábado à noite...
E ver a noite da janela está bem legal. Uma noite chuvosa, mas bonita.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

REM in São Paulo, November 11, 2008

Assim como há os códigos comentados, vejam um setlist comentado por alguém que se convenceu de estar no melhor show de sua vida.
Estava na pista, bem perto da pista VIP e com boa visualização (fora um ou outro cabeçudo que vez ou outra passava na minha frente). Acho que eu estava a no máximo uns dez metros do palco.

REM em São Paulo - 11 de novembro de 2008

1. Living Well Is the Best Revenge
2. These Days
- Essas duas não conheço. Mas foi legal pra tentar tirar foto, reparar no figurino dos caras etc.
3. What’s the Frequency, Kenneth?
- Começa a piração. Foi que nem no show do Pearl Jam quando tocou "Go": achei que ia morrer de infarto.
4. Driver 8
- Legal, serviu pra baixar a bola e fazer o coração aguentar até o final.
5. Drive
- Foi na guitarra e não no violão. Mas valeu. Não lembro se foi aqui que o Stipe desceu pro palco (momento zoado...)
6. Man-Sized Wreath
- Essa o Stipe ofereceu pra não sei quem...
7. Ignoreland
- Essa pra não sei quem outro... (E eu cantei todinha como convém a alguém que conhece "Automatic for the People" do avesso)
8. Exhuming McCarthy
- E essa pra Sarah Palin!!!!!!! Tudo a ver!!!!!! Hahahahahahaha
[Foi aqui que apareceu o "Obamatic for the People"?]
9. Imitation of Life
- Eu preferia "All the way to Reno" desse CD ("Reveal"), mas foi muuuito gostoso de cantar.
10. Pretty Persuasion
- Desacreditei quando começou a guitarrinha dessa música. Ela deve ser mais velha que o meu irmão mais novo. E os caras lembraram.
11. Great Beyond
- Um bom relax... O prenúncio da catarse...
12. Everybody Hurts
- A catarse. Cara, chorei, engasguei cantando, fiquei me beliscando pra ter certeza de que estava a no máximo dez metros do Michael Stipe cantando essa música, que já me curou de dor de cotovelo a depressão profunda...
13. Seven Chinese Brothers
- Não conhecia. Descanso pra poupar o coração, de novo.
14. The One I Love
- Pular, pular, pular!!!!!!!!
15. I’ve Been High
- Essa também deu vontade de chorar. Acho a letra lindinha, e creio que só eu e a banda a cantamos.
16. Nightswimming
- Páaaaara tudo.
17. Bad Day
- Uuuuf!
18. I’m Gonna DJ
- Não conhecia.
19. Orange Crush
- Com direito a megafone e tudo! Uh, uh, uh, uh!
20. It’s the End of the World As We Know It (And I Feel Fine)
- O momento que fica martelando na cabeça: o Stipe berrava "I feel" e a galera respondia fortão "fiiiiiiiiiiiiine"!!!
[No telão, em português:
Mais REM?
Mais barulho?]
21. Supernatural Superserious
- Pra não dizer que estou totalmente por fora do que eles tão fazendo hoje, até que cantei um pedação sem errar.
22. Losing My Religion
- Báaaasico, tinha que ter.
23. Maps & Legends
24. Begin the Begin
- Não conhecia.
25. Man On The Moon
- O gran finale. Deu pra ver que eles, como eu, curtem demais o "Automatic for the People". Quantas músicas foram? Cinco? E ainda faltou "Sidewinder Sleeps Tonite"!

Resumo da ópera:
- Valeu demais pagar cem paus pra ver os caras e chegar com cara de ressaca no trabalho no outro dia.
- Veria de novo facinho.
- O Stipe é um baita showman.
- Os caras têm cinquenta anos nas costas e tão mais em forma que eu.
- Até relevei a militância política exagerada que, como uma menina atrás de mim bem observou, "parecia o Bono"... Afinal, estávamos lá pela música. Mas fui honesta quando o Stipe falou pra quem estava animado com o Obama levantar a mão, e levantei.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mosquitinhos

Os mosquitinhos voam ao redor da lâmpada acesa de noite e, cegos por ela, perdem o rumo. Quando tentam sair da sala, batem no vidro, mas estão tão atraídos pela luz que ficam em conflito: não sabem se vão ou se ficam.
Muita gente é como esses mosquitinhos. Para elas é quase impossível se desgrudar de uma pessoa, um vício, uma mania, do trabalho, da atividade. Eu mesma tenho os meus momentos de mosquitinho.
Tem também os obstinados que não percebem que na verdade não têm nenhum objetivo. Eu até respeito os obstinados, porque a insistência pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso. Mas tem gente que joga sua meta bem lá em cima pra não alcançar nunca. É um tipo de mosquitinho que vai até a janela, fica de frente do vidro aberto, mas não sai por ela.
A humanidade está, então, mais perto dos mosquitinhos do que pensa. A diferença é que o homem precisa ir até a luz (ainda que seja luz no sentido abstrato), enquanto os mosquitinhos precisam se livrar dela. Só que me assusta o jeito como, tanto num como noutro caso, todo mundo se compraz com a ilusão.
Olha, eu nem me excluo disso. Não tô falando como se eu fosse o ser mais iluminado do planeta, pregando para os rebanhos. Mas, por mais que eu esteja tão presa como todo mundo, eu tô tentando me soltar (é difícil, mas continuo tentando). A maioria das pessoas parece que não percebe o espaço aberto depois que se ultrapassa a janela.
Eu penso que há um campo aberto inexplorado em termos de conhecimento e de capacidades. Mas vai saber se a coisa não é maior do que isso.
E é preciso um tanto de coragem pra sair pela janela, também.

domingo, 12 de outubro de 2008

Descobertas

Relacionamentos são estranhos. Quando você acha que está tudo bem, é justamente aí que as coisas não vão bem!
Bom, era isso que estava acontecendo comigo e o Eduardo. E olha que a gente só tá se vendo de 15 em 15 dias. Mas a coisa do "está tudo bem" é um índice de conformismo, ou ainda achar que não há mais nada a descobrir da outra pessoa. Não que eu não goste dele, muito pelo contrário; mas é que fiquei achando que não precisava mais descobrir nada dele, que não rolava mais surpreendê-lo porque parecia já saber tudo que ele gostava.
Gozado... Eu não podia estar mais enganada. De cara ele achou o máximo eu estar mais "feminina". Segundo ele, esse negócio de trabalhar demais e ficar muito competitiva me deixou masculinizada! Vestir um vestidinho, mesmo no frio, e circular pela casa de legging e blusa colada e não de pijama de moletom fez uma baita diferença na apreciação do moço. Nem fizemos nada de mais, só saímos pra jantar, mas o final de semana foi muito divertido, justamente porque o senti mais próximo, mais animado.
Sem querer eu estava entrando naquela coisa de casal casado que se acostuma à rotina. "Ah, ele gosta de mim, então não preciso fazer nada pra chamar a atenção". Ih, precisa sim. O que vou dizer é um lugar-comum de revista feminina, mas é a pura verdade: as pequenas coisas são as que prendem o cara. Eles gostam de atitude...
O que me deixa mais passada é que já estou com trinta anos na cabeça - enfim, já devia estar careca de saber isso. Vivendo e aprendendo. Sempre é tempo pra fazer ainda melhor.

sábado, 4 de outubro de 2008

Home

Veja o que eu vejo quando estou escrevendo.

http://picasaweb.google.com.br/nathlet/Casa#

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Pecado capital

Acho que até um pouco por conseqüência do que falei na semana passada, eu tenho sentido muita raiva. Aquela raiva que sai lá do fundo e circula pelo corpo, chegando até o braço, quase virando um radouken quando chega nas mãos.
O mais louco é que não tenho uma razão aparente pra isso. Eu reajo, e acontece! E não tenho mais sentido aquela necessidade de defesa que estava sentindo. Agora virou impulso. Energia intensa. Mas não queira ver o resultado do descarrego dessa energia. É feio! Além disso, faz mal pra saúde, eu sei.
O ideal seria pegar toda essa energia e transformar em coisas concretas, tipo um milhão de dólares, uma teoria super revolucionária... Na hora, porque, como todo ser humano, eu sou imediatista de carteirinha!!! Aliás, a raiva deve vir de coisas como essa também. Querer que as coisas aconteçam na hora que a gente quer. Nem mesmo quando a gente sabe que Deus escreve certo por linhas tortas e que as coisas chegam na hora certinha.
Ainda mais nesta era em que tudo acontece super rápido... Em que eu consigo falar na hora exata em que quero com qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo... Em que consigo comprar qualquer coisa na hora em que quiser...

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Acho que eu tô desconfiada demais. Parece que toda pessoa é um inimigo em potencial.
Descontando meus pais (embora minha mãe sempre reclame de alguma coisa) e o Eduardo, eu fico toda defensiva quando estou em contato com outras pessoas. Que é que tá acontecendo?
Isso não é bom. Não tô fazendo nada de diferente do que estava fazendo há umas duas semanas atrás, quando esse sentimento brotou.
Será que tá rolando alguma litigiosidade no ar dos ambientes que frequento? Ou é no mundo em geral, mesmo? É a forma-pensamento coletiva de uma porção de especuladores e investidores que se deram mal semana passada?
Ou sou eu que tô sensível demais?
Dizem que, quando as coisas parecem muito erradas, o problema é com a gente. Deve ser a configuração do Life Explorer (= meu programa pessoal pra navegar a vida) que tá muito cheia de cinza e de imagens esquisitas de noticiário...
Nessas horas estranhas me faz muita falta escrever. Por isso estou de volta à ativa. Isso me ajuda a colocar as idéias no lugar.
Mas, enquanto elas não entram no lugar, peço um pouco de paciência. Vou escrever umas coisas desconexas por um tempo, eu acho, como essas reflexões sem pé nem cabeça que mais parecem uma consulta de psicoterapia. Por outro lado, podem ter certeza de que já estou reconfigurando o sistema aqui...

sábado, 15 de março de 2008

High speed

Uma das coisas mais legais do mundo é pegar uma avenidona expressa e andar bem rápido nela (respeitando os limites de velocidade, é claro). Aquela vontade sagitariana de liberdade se satisfaz bem gostoso, especialmente depois de um dia enclausurada num local com janelas fechadas...
Pode não parecer, mas essas pequenas coisas, se não chegam a dar sentido pra vida, evitam que a gente perca a sanidade mental e acorde pra uma porção de outras coisas (como, por exemplo, pras plantas da minha mãe, que estão tão bonitas). Começa um círculo vicioso do bem que pode mudar o rumo do dia.
Mas nada disso vai fazer sentido se a gente não curtir esses pequenos momentos! Ficar encruado dentro da sua própria tristeza, raiva, ciúme e congêneres não permite que sintamos o prazer de dirigir em alta velocidade, por exemplo. Bom, desde que o Eduardo viajou eu tenho procurado dar atenção pras boas coisas, pra manter o astral alto. Será que estou pegando no automático para as coisas boas? Tomara!

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Faraway, so close

Eu nem posso colocar a culpa na impermanência, dessa vez, porque eu fui uma das maiores incentivadoras... Mas é f... quando cai a ficha de que você só vai ver a pessoa que você mais ama no mundo em intervalos grandes...
Bom, depois de conhecer o cafofo do Eduardo em Campinas, passei o dia me obrigando a lembrar de que eu tenho conhecimento suficiente para saber que as pessoas não pertencem a ninguém, têm o seu próprio caminho. Nós estamos separados por uns 80km de distância, mas pertíssimo no coração (brega, porém verdadeiro).
Pensando bem, tem cada casal que continua junto depois de encarar distâncias muito maiores - pra não falar em problemas sérios, seja de saúde, de grana etc. Perto de algumas histórias que conheço, a minha é muitíssimo light! E graças a Deus a gente tem grana pra se ver toda semana. Mas vou precisar me readaptar. Nestes tempos de férias, a gente se via todo dia. Isso é que faz a distância ficar f... Porque, de resto, a mudança dele é um recomeço pra ele e a perspectiva de um futuro brilhante, o que, é claro, me deixa feliz demais.
(Puxa, de novo escrever foi uma bênção. Estou bem mais aliviada e mais feliz ainda por ele.)
Eduardão: quando ler este texto ultra-mega-meloso - bom, como diria o outro, cartas de amor são cafonas -, saiba que eu tô bem e tô torcendo por você!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Depois que eu escrevi da última vez, eu relaxei com relação à impermanência... Mesmo! Agora entendi o que o Eduardo sente toda vez que ele diz que PRECISA colocar uma música no papel. É como concretizar um sentimento e compreendê-lo. Ufa! A sensação que veio depois foi de conformação (já que as coisas são impermanentes mesmo, pra que me preocupar, como diria Alfred E. Neuman?).
A coisa estranha dos últimos dias foi com relação à situação de algumas das pessoas que ficam pedindo dinheiro nos semáforos perto de casa. Tipo, são sempre as mesmas pessoas. É inevitável subir aquela indignação básica burguesa: "Pô, eu trabalho feito uma camela pra ganhar dinheiro e esses caras ficam dependendo dos outros...". Aí vem o anjinho e fala: "Tenha piedade, eles não sabem o que fazem". Em paralelo, o Eduardo passou por dois episódios esquisitíssimos envolvendo mendigos mal-agradecidos. Fiquei pensando...
E dei razão ao anjinho. Esses caras não sabem MESMO o que fazem, porque estão programados para depender de alguém. Sem investimento pesado em educação, essas pessoas vão ficar achando mesmo que podem esperar tudo dos outros e não fazer nada por si mesmos.
Eu não diria que se trata apenas de educação formal, mas também saber entender a sociedade e explicar porque algumas coisas são como são. Enfim, estudos de filosofia e sociologia para todos.
O que eu posso fazer pra melhorar isso eu ainda não sei. O meu tipo de trabalho já ajuda bastante - ainda que numa outra vertente que não essa -, mas não é o suficiente...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Impermanência (saúde!)

Acabou o carnaval. Agora o país começa a funcionar de novo. O ano começa de verdade. Pra mim, é claro, trabalhadora do Brasil que sou, começou dia primeiro de janeiro. Mas, enfim... Não tô brava com isso, não. Pra mim é vantagem. Olha só: meu cérebro já pegou no tranco depois do Réveillon.
Aliás, pegou no tranco até demais. Eu tenho pensado muito em impermanência. É um palavrão meio ruim de escrever, mas que não dói entender. Nada dura pra sempre, tudo passa, até a uva passa, menos o motorista e o cobrador etc. Mas pensar em impermanência inevitavelmente me deixa cabreira porque não dá pra saber o que vem depois. Vai ser bom? Vai ser ruim? Os budistas dizem que não tem jeito, que a gente tem que se acostumar...
É como andar de montanha-russa ou nas ruas esburacadas de São Paulo. A minha natureza controladora fica aflitíssima com essa coisa de a vida trazer (ou tirar) coisas sem avisar. E nem adianta ler o horóscopo, a previsão do tempo, as anotações da agenda, porque a configuração astrológica é um troço muito pessoal, meteorologista sempre erra e a agenda, coitada, tá tão rabiscada que nem dá pra entender o que está escrito... Nem vem com essa de relaxa e goza que tá difícil relaxar, como se pode verificar.
Aaaaahhhhh. O bom do feriado é que é só curtição. O que vem a gente transforma em diversão. Talvez seja isso que eu tenho de fazer: transformar até o enrosco mais enroscado em diversão. Aí a minha montanha-russa fica legal de verdade e não vou vomitar quando descer...