Depois que eu escrevi da última vez, eu relaxei com relação à impermanência... Mesmo! Agora entendi o que o Eduardo sente toda vez que ele diz que PRECISA colocar uma música no papel. É como concretizar um sentimento e compreendê-lo. Ufa! A sensação que veio depois foi de conformação (já que as coisas são impermanentes mesmo, pra que me preocupar, como diria Alfred E. Neuman?).
A coisa estranha dos últimos dias foi com relação à situação de algumas das pessoas que ficam pedindo dinheiro nos semáforos perto de casa. Tipo, são sempre as mesmas pessoas. É inevitável subir aquela indignação básica burguesa: "Pô, eu trabalho feito uma camela pra ganhar dinheiro e esses caras ficam dependendo dos outros...". Aí vem o anjinho e fala: "Tenha piedade, eles não sabem o que fazem". Em paralelo, o Eduardo passou por dois episódios esquisitíssimos envolvendo mendigos mal-agradecidos. Fiquei pensando...
E dei razão ao anjinho. Esses caras não sabem MESMO o que fazem, porque estão programados para depender de alguém. Sem investimento pesado em educação, essas pessoas vão ficar achando mesmo que podem esperar tudo dos outros e não fazer nada por si mesmos.
Eu não diria que se trata apenas de educação formal, mas também saber entender a sociedade e explicar porque algumas coisas são como são. Enfim, estudos de filosofia e sociologia para todos.
O que eu posso fazer pra melhorar isso eu ainda não sei. O meu tipo de trabalho já ajuda bastante - ainda que numa outra vertente que não essa -, mas não é o suficiente...
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