quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Minissaias e abelhas

Acho que qualquer um que acredite em liberdade individual (ou que tenha estudado pelo menos um pouco de direito constitucional) tenha ficado enojado com o que fizeram com a mina da minissaia em São Bernardo. Afinal, o problema é todo dela se ela quer usar aquele tipo de roupa, ué. Eu não usaria, mas isso também é problema meu. A molecada agiu como o Taliban no Afeganistão.
Cá pra nós: parece intriga de mulher com inveja! Anyway, a proporção que a coisa tomou assusta. Parece que uma nuvem de loucura tomou conta do povo. Se se procura quem tenha começado isso, não se acha.
Olha só: este século começou sob o espectro dessas movimentações coletivas (um exemplo básico: toda semana tem passeata na Paulista!). É como se fosse melhor se expor pelo todo e não pelo individual. Será que é menos perigoso? Mais fácil (porque daí não é preciso pensar muito, mas só seguir o que o grupo faz)? Dá mais força? Ainda não sei direito. Só o que sei é que tem muita gente agindo como enxame de abelhas.
Tem pensadores avaliando isso. O direito tem tentado "dissolver" a individualidade em casos específicos; a medicina, já faz tempo, estuda questões de saúde pública; a linguística analisa a ligação dos grupos à sua expressão verbal como forma de identidade; a psicologia tem estudos sobre os grupos. Mas mesmo assim não sei se estamos prontos pra entender essa doideira contagiosa que tomou conta, do nada, da garotada daquela faculdade em São Bernardo.
Pensemos.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ultimamente os dias têm sido emocionantes por conta das maluquices do tempo em SP. Pode ser que você saia de casa com um sol lindo e céu aberto, e daí tudo fica preto como noite e cai aquela chuva congestionadora de trânsito. Já tô deixando comida e coisas pra ler no carro. Sinal de que o inesperado já tá meio que virando esperado.
Mas o inesperado e a emoção não precisam vir só desse montão de água (2009, o ano aquático!) e de coisas estressantes. Ver a editora em que você trabalha emplacar os três primeiros lugares do Prêmio Jabuti, e saber que tem uma parcela (boa!) do seu trabalho nisso é inesperado também, mas dá a certeza de que você está fazendo tudo direitinho.
Fiquei feliz como se o São Paulo tivesse ganho (outro) campeonato, com uma diferença: eu estava no campo e não na arquibancada.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Auto-elogio (eu mereço)

Recebi um e-mail hilário com fotos de celebridades com e sem make-up. Cara, nem eu quando acabo de acordar (o pior momento estético do meu dia) tenho a cara da Victoria Beckham desmontada.

Daí fiquei pensando o que é que conduz alguém à posição de "símbolo sexual". E, pelo visto, só é preciso make, chapinha e um pouco de sorte.

Mas decidi que não ia até o shopping gastar os tubos em produção. Porque o Eduardo diz que eu fico melhor ao natural, sem maquiagem, como eu sempre estou. Porque o Eduardo adora o meu estilo de me vestir. Porque o Eduardo, quando nos encontramos, sempre diz, mesmo se eu tiver acabado de acordar: "Puxa, como você é linda".

E quer melhor situação que essa - ser o símbolo sexual do homem que você ama? Pra mim já está de bom tamanho!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Vou propagandear este artigo para tudo quanto é lado... É a cara da universidade achar que humanas não são ciências.

http://universidadeparaquem.wordpress.com/2009/08/11/vladimir-safatle-o-mal-estar-estar-nas-ciencias-humanas/

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Estava eu voltando da ortodontista, cheia de novos troços na boca (elástico inclusive), e toda molhada porque, depois de rodar a Paulista quase toda, só fui achar guarda-chuva no shopping de muamba, quando uma senhora e um câmera me pararam.

"É da Globo! Programa novo! Dá uma entrevista?"

Eu tinha acabado de renegar um daqueles pesquisadores tontos (que sempre acham que eu tenho 20 anos e depois acabam me liberando porque já entrevistaram alguém de 30). Mas a abordagem foi tão pressão que acabei cedendo... Respondi umas perguntas sobre HPV, descabelada, com o óculos molhado e tudo que vocês podem imaginar dentro da boca.

Eles falaram que é um programa novo de variedades que vai passar na última sexta de agosto e será apresentado pela Fernanda Lima...

Agora, se eles vão colocar esta que vos fala no ar, só se for porque eu sabia tudo de HPV (porque a aparência estava medonha!!!! Hahahahaaha)...

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ajudando a divulgar o blog da família do Gabriel, aquele brasileiro que sumiu no Malawi: http://ajudegabrielbuchmann.blogspot.com

terça-feira, 28 de julho de 2009

Sinais do fim do mundo...

...que nada têm a ver com a gripe suína ou o fato de cair um avião toda semana:
- toda e qualquer expressão de arte "na moda" não deixa de ser reciclagem do que estava na moda há, no mínimo, dez anos atrás (e era original na época).
- um cara larga a Mischa Barton pra ficar com a Amy Winehouse (aff).
- a livre expressão do pensamento é confundida com avacalhação.
- as circunstâncias da morte do Michael Jackson não foram imaginadas nem pela mente mais doida de Hollywood.
- comer um grelhado insosso num restaurante de shopping, pra não engordar, custa uma fortuna (prefiro entupir as coronárias com o excelente filé mignon do Jocka's).
- BBBs são levados a sério.
- o Casseta e Planeta perdeu a graça. E muito. (E, paralelamente a isso, o Zorra Total já fez dez anos... Prefiro as reprises de Seinfeld.)
- as bandas emo existem.
- precisa uma lei dizer que as etiquetas de produtos congelados devem estar visíveis.
O que mais falta?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Ao vencedor, as batatas

Cenário: uma das minhas lanchonetes favoritas. Eu tô jantando. Tem uma família do meu lado, grande. E um menininho lindo, de uns cinco ou seis anos.
Ele é curioso e experimentador. Sua mãe, por outro lado, quer frear isso na base da ameaça forte. Se ele fizesse bagunça o garçom iria expulsar a família do restaurante. (Graças a Deus a criatividade da minha mãe nunca chegou nesse ponto...) Detalhe: ele não tava fazendo bagunça, tava só testando os objetos e o ambiente, como toda criança saudável deve fazer.
As batatas fritas deverão ser comidas de forma modulada e em quantidade muito limitada (pra mim, que comeu um montão sozinha, era uma quantidade ínfima - imagine pra uma criança, que merece se lambuzar!).
Se eu estivesse no lugar desse menininho, e me conhecendo como eu me conheço, das duas uma: quando crescesse matava a mãe, ou então ia crescer toda cheia de tiques. Como ele vai reagir a isso eu não sei. Só sei que fiquei com muita dó dele.
Bom, eu não tenho moral pra tirar onda de ninguém. Se tivesse um outro escritor ali naquele cenário, devia estar reparando na sujeira que fiz com o meu sanduíche. E tá passando a limpo a história no seu respectivo blog...
Ai, ai, a vida é um eterno reparar. Este é o passatempo preferido de metade da humanidade. Talvez para lidar melhor com o próprio sentimento de inferioridade. Pode ser esse o meu caso também - mas, no fundo, o que eu mais queria era que o menininho jogasse as batatas na cara da mãe dele, com cobertura de chocolate e uma cereja no topo.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Normalmente eu começo um determinado projeto pessoal por impulso. Dá vontade - e lá vou eu... E hoje me peguei pensando muito em prioridades (o que também foi o assunto recorrente do dia).
Observei as pessoas que cruzaram meu caminho hoje. Cada uma tem um só movimento diário (e gosta dele ou não), ou tem vários (e gosta de todos, de alguns ou de nenhum). Enxerguei as pessoas como pequenas engrenagens dentro de uma grande máquina. A diferença é que elas escolhem a(s) função(ões) que vão exercer.
Pessoalmente, gosto de todos os projetos em que me enfio por gosto. Posso dizer que ultimamente não tenho feito nada que eu não queira! E isso é extremamente motivador, empolgante. Não sei pra onde vou com os meus planos, só sei que estou indo. E a viagem tem sido divertida. Acho que valorizo muito o fato de fazer o que gosto porque já passei por fases difíceis na vida em que acordava mas não queria sair da cama, não por sono, mas por desânimo, uma sensação de negação vaga, mas forte.
Às vezes tenho ímpetos de chacoalhar as pessoas desanimadas pra dizer a elas: "ACORDA!!!!". Mas já comentei da última vez que não ia mais dar conselho que não fosse pedido. Por outro lado, é um pouco chato usufruir de satisfação pessoal e não conseguir transmitir o mapa da mina para todo mundo.
Mesmo assim: assumir a si mesmo tem sido uma tendência muito forte da minha geração e das que vieram depois dela. Tão aí os gays e lésbicas que não me deixam mentir. É reconfortante saber que há cada vez mais pessoas que estão agindo como eu... Vale agradecer a Papai do Céu por ter nascido nesta época e nesta cidade tão maluca, mas tão cheia de oportunidades. (Imagina só... Que seria de mim sem a internet, o celular e o MSN???)

segunda-feira, 29 de junho de 2009

É difícil deixar as pessoas serem como são. Parece que é fácil, basta ser desencanado ou político... Mas não é não.
Especialmente os molengas como eu têm dificuldade em evitar NÃO ajudar quando tudo parece pedir isso. O sinal de que não se pode ajudar alguém, pra mim, tem sido o fato de a pessoa rebater aquele seu argumento lindo, cheio de referências à metafísica profunda, Louise Hay e Jesus Cristo com justificativas nada a ver, sem nexo (seria melhor ouvir "não concordo com você e pronto" a ouvir certas desculpas...).
Sim, sim, às vezes é preciso deixar as pessoas um pouco sozinhas. Pra aprenderem a andar com as próprias pernas. Mas pro ego de uma pessoa com coração de professor é meio difícil não ensinar alguma coisa!!!
Só que aprendi com um pouco de observação dos fatos que nem sempre o que dá certo pra mim dá certo pro outro. E hoje, cansada de professorar, deixei que uma situação repetitiva se desenrolasse por ela mesma. Laissez-faire, laissez-passer. Fico na torcida para que a pessoa envolvida consiga ver onde ela está errada.
Eu, de minha parte, vou investir minha energia em coisas que tenham um impacto mais relevante pra mim. (É claro que, se for preciso ajudar, vou estar lá, mas com outra cabeça, outro tudo.)

domingo, 14 de junho de 2009

Depois de um feriado dos Namorados delicioso, com temperatura bem baixa que permitiu que eu e o Eduardo ficássemos o tempo todo debaixo das cobertas (e, claro, comêssemos bastante bobagem), começa a volta à realidade. Ahhh... Antes, o que sinalizava o final do fim de semana, pra mim, era ouvir a música do Fantástico. Agora, é a partida do Eduardo pra Campinas.
E a partir daí volto a entrar em contato com os meus trabalhos pendentes, com a greve da USP (sobre a qual eu já nem quero mais pensar, de tanta confusão na divulgação do que efetivamente ocorreu) e todas as pendências da vida diária. Dá uma preguiça daquelas só de pensar. But the world still goes round.
O tempo continua feio. Será que o Encoberto está chegando? Baita nevoeiro... Só isso explicaria o frio que tá fazendo. É a Hora!!!

sábado, 6 de junho de 2009

Estou triste nestes últimos dias. Cansei de assistir a uma disputa em que as duas partes são intolerantes e interesseiras, num lugar que eu amo e que está à mercê dessa disputa besta.
Até agora, tudo que eu consegui expressar a esse respeito foi um twit. Não sabia por que estava tão arrasada, mas foi justamente porque descobri amar esse lugar, talvez por ele me ter aberto os olhos para o que eu realmente gosto de fazer na vida.
Desejo da maioria? Democracia? Discussões e reuniões abertas? Abertura para a sociedade? Vontade de negociar? Pois é, essa disputa a que eu me refiro parece uma invasão (por bárbaros incultos e mais preocupados em limpar a própria barra do que em resolver problemas) de um castelo medieval no qual reside um senhor feudal preocupado com a sua imagem e as próximas eleições. E olha que estamos no século XXI, num país que supostamente está se civilizando.
Os que estão no mesmo barco que eu já devem saber do que eu estou falando. E, por mais tristeza e impotência que eu sinta, sofro de um problema ainda maior: não sei o que fazer! Por motivos que alguns devem também saber (e que, se forem expostos, vão juntar mais comentários negativos neste site do que xingar o Corinthians), os meios de evitar isso tudo não estavam à minha disposição. E agora?
A voz lá no fundo diz: let it be, laissez-faire, por mais indignada que você esteja. Ok, voz, mas se a solução demorar muito...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Acho que todo mundo que curte literatura já teve sua fase pessoana. Os mais malucos vão até dizer que passaram por todos os heterônimos... Bom, sei lá, pra mim a obra de Fernando Pessoa é única, por mais característico e particular que seja cada heterônimo (e ele mesmo).
Mas o que importa é que estou muito pessoana. Estou tão absorta nos poemas por conta de um trabalho da faculdade que, hã, estou "entrando" neles. Estou meio sorumbática e tentando racionalizar sensações... Sintomático!
E ultimamente não tenho entendido direito o que se passa comigo. Desafios estranhos, intolerabilidade extrema para coisas grosseiras, descontrole emocional. Nunca fui muito com a cara do Álvaro de Campos, mas nesses dias tenho me identificado muito com ele. Será que é porque ele é porra-louca e enxerga sob as aparências?

Não sei qual é o sentimento, ainda inexpresso,
Que subitamente, como uma sufocação, me aflige
O coração que, de repente
Entre o que vive, se esquece.
Não sei qual é o sentimento
Que me desvia do caminho,
Que me dá de repente
Um nojo daquilo que seguia,
Uma vontade de nunca chegar a casa,
Um desejo de indefinido.
Um desejo lúcido de indefinido.

Quatro vezes mudou a 'stação falsa
No falso ano, no imutável curso
Do tempo consequente;
Ao verde segue o seco, e ao seco o verde,
E não sabe ninguém qual é o primeiro,
Nem o último, e acabam.

Isso é do Campos, mas podia ter sido eu. É bem o que estou sentindo... E o mais maluco é que não tenho muito motivo pra reclamar, não. Tem muita coisa boa acontecendo na minha vida, graças a Deus. O estranho é que não consigo me livrar da sensação de que tem alguma coisa mais remexendo, e não é só o meu miolo.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Momento brega. Segunda é o aniversário do Eduardo. E eu estou tão ansiosa como se fosse o MEU aniversário. Isso é normal???

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Além de arqueologia, eu também amo o espaço (que também passa no Discovery Channel, hahaha). O link abaixo é para as cinco maiores descobertas do Hubble. Lindo de morrer.
http://noticias.terra.com.br/ciencia/galerias/0,,EI238-OI100120,00.html

quarta-feira, 6 de maio de 2009

O que moveria um ser essencialmente noturno (leia-se: que gosta de acordar tarde e dormir tarde) a acordar cedo, no dia do rodízio, com o puta frio que tá fazendo de manhã em SP?
O Discovery Channel!
Explico. Eu amo arqueologia, mas meus contatos concretos com a matéria são limitados às aulas de história da escola e ao Discovery Channel (OK, OK, quanto ao Egito antigo eu fuço em tudo que é lugar).
E estou tendo um semestre muito arqueológico na faculdade. Depois de um trabalho de reconstrução do tronco linguístico Tupi que me fez virar noites em claro, surgiu a oportunidade de participar de um trabalho de reconstrução da variante linguística paulista.
Esta que vos fala está aproveitando seu diploma em Direito para vasculhar depoimentos e testemunhos prestados em processos criminais do arco da velha. E esse foi o motivo dos fatos descritos no primeiro parágrafo: o que me motivou a todo aquele esforço sobre-humano foi o meu momento Discovery Channel linguístico.
Além de descobrir uma riqueza de vocabulário interessantíssima (duvido que o sentido que o Houaiss aponta para "cangalha" seja o sentido que um sujeito usou num caso pra xingar uma mulher), estou me sentindo Indiana Jones (um sonho de criança) ao mexer naquela papelada caindo aos pedaços e com cheiro de mofo.
Tudo o que tenho a dizer é: fazer o que a gente ama é diversão! Eu já me sinto privilegiada por trabalhar com livros, os objetos do mundo que eu mais adoro. Fazer arqueologia linguística, então, tem sido um must!

domingo, 5 de abril de 2009

O melhor compositor do mundo enfim disponibiliza suas criações...

http://www.myspace.com/eduardorvirgilio

sexta-feira, 27 de março de 2009

Quase começo este texto com o mesmo assunto da semana passada. Ia mencionar o espetáculo à parte da grosseria das pessoas no show do Radiohead (como eu nunca vi nem em estádio de futebol, e num contraste absurdo com a beleza do que a banda apresentou), entre outras cenas de pura loucura humana semelhantes àquelas de que falei no último post. Mas não quero acabar minha semana assim mal, porque hoje me senti tão produtiva e tão, hã, digamos, encaminhada nas coisas que quero fazer... Não estou mais com vontade.
Por outro lado, penso que o fato de estar sendo atraída para essas situações esquisitas deve ter um motivo. Não acho que seja o de ajudar os envolvidos. Parece que a vida quer me mostrar a minha própria agressividade estampada na cara dos outros.
Pois é, eu sou uma pessoa bastante agressiva, sim, e rodar a baiana é a especialidade da casa. E ver o efeito de uma reação desproporcional nos outros tem me ensinado, mesmo que tudo isso tenha aparecido na minha frente por pura e simples coincidência - mas eu não acredito em coincidências.
Pode parecer estranho, mas o poder está nas mãos de quem tem paciência. Paciência, por outro lado, não se confunde com passividade, mas com um controle tão perfeito da própria personalidade que, ao mesmo tempo em que a pessoa agredida não reage, ela também não se deixa dominar, com atitudes simples que deixam o agressor sem reação. Parece que um tomou a mente do outro! Bom, é quase isso. Um simples olhar irônico pode causar um ataque cardíaco... E, como eu mesma pude provar com minhas próprias atitudes, uma simples "ignorada" coloca os pingos nos is mais facilmente que uma discussão.
Com isso, acabei economizando minha energia, que serviu dar andamento a tudo a que eu tinha me proposto nesta semana. E não era pouca coisa, muito pelo contrário!

terça-feira, 17 de março de 2009

Acho que pelo menos uma vez no mês eu reclamo que as pessoas estão completamente malucas. Bom, lá vou eu de novo reclamar. Mas NUNCA aconteceu de eu dar de cara, na mesma semana, com duas batidas de carro, um atropelamento e gente mais doida que o normal no trânsito. Aí, pra colocar a cerejinha no topo do doce, hoje choveu em São Paulo o equivalente a metade do mês. Fiquei uma hora e meia parada dentro de um carro com mais três amigos. Até que tive sorte, porque pelo menos eu estava dando risada e protegida da chuva. Mas...

Cara, eu já vi várias vezes a chuva transtornar São Paulo. Mas nunca senti as pessoas desorientadas. Pois é, foi isso mesmo que eu percebi. Ninguém parecia saber direito em que planeta estava. Um sujeito que estava de carona no carro que estava na frente entrou e saiu do véículo três vezes, em plena chuva! E tinha muita gente parada no meio da calçada, sem se proteger ou sair correndo de uma vez.

Entre a conversa com os meus amigos, o que passava pela minha cabeça era: ALGUÉM LIGUE O DESPERTADOR, PELO AMOR DE DEUS!!!!!!!!!!!

Será que é excesso de TV?!?!?! Hahahahaha

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

E eu achando que era neuras

Resultado: 23 pontos

Você é uma pessoa mais ou menos organizada. Embora sua vida não esteja de 'pernas para cima', ela também não está totalmente organizada. Aqui ou ali você tem deixado de pôr ordem em algumas coisas. Entretanto, no geral, você pode ser enquadrado(a) como uma pessoa que se esforça para manter as coisas sob controle em termos de organização. Pratique mais, e planeje com antecedência suas atividades, e deste modo alcançará um nível de organização acima da média, ficando no ponto ideal.

Você É Uma Pessoa Organizada?

Oferecimento: InterNey.Net

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A vida é um eterno desabrochar de competências. Parece papo de linguista, mas lendo a palavra "competência" no sentido amplo, isso é a mais pura verdade!
Hoje passeei com meu carro novo. Há três anos atrás, quando o problema da distância pegou pesado pela primeira vez na minha vida, na época em que entrei na faculdade pela segunda vez, a possibilidade de ter um carro não foi nem cogitada. Não por medo, mas por realmente não achar relevante. Pra resolver o problema, resolvi sair da casa dos meus pais.
Juro que nem de leve passou pela minha cabeça aprender a dirigir de novo! Não via isso como uma forma de facilitar minha vida. Afinal, pra que servem os transportes coletivos (e, na hora do aperto, os táxis)?
Isso até voltar a dirigir (o que devo com todo o coração ao Eduardo). E rodar São Paulo toda de carro. A coisa foi indo, foi indo até chegar ao ponto de eu voltar para a casa dos meus pais, começar a guardar grana (de um jeito mais organizado) para o sonho da casa própria (eu já estava cogitando ir no Silvio Santos, porque não conseguia guardar dinheiro de jeito nenhum) e comprar um carro novo pra ser o meu fiel escudeiro.
Gozado é que isso tudo aconteceu de novo por causa da distância. O Eduardo deixara o carro dele comigo porque o meu quebrava o tempo todo. Só que ele tá em Campinas... E, bem, já viu. Pra facilitar o nosso contato, nada como um carro.
Que coisa. As competências se desenvolvem na porrada (ou, no meu caso, na distância...). As facilidades e o comodismo realmente não levam ninguém pra frente!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Sabe aquele dia RUIM? Então, o meu foi assim. E os problemas vinham todos de fora! Bom, diz a metafísica que mesmo os problemas de fora acontecem por nossa causa (porque estávamos num estado de espírito que facilitava a chegada deles). Daí começo a me perguntar: o que foi que eu fiz?
Ops, pera aí, olha a culpa rondando de novo. É legal saber das coisas e das teorias que existem pra explicar o mundo aí fora, mas a gente tem a tendência terrível de subjetivar a natureza... Sim, acho que a metafísica tenta explicar a natureza. Não existe "sobrenatural", só coisas que não entendemos.
Isso me faz pensar naquele provérbio segundo o qual o mestre aparece quando o discípulo está pronto. A gente pode interpretar um conhecimento diferente conforme a nossa subjetividade (há quem diga que esse é o problema das religiões...). E aí é que mora o perigo. A nossa interpretação pode desvirtuar o real sentido daquele conhecimento.
Um exemplo. Apesar de ser uma nerd em astrologia, parei de ler previsões e não estudo mais horóscopo progredido (que é esse que permite a elaboração das previsões), porque eu sentia que criava uma expectativa em cima da previsão, fosse ela boa ou ruim. O maluco disso tudo é que a minha vida não andava para lado nenhum, porque eu ficava sempre esperando acontecer alguma coisa. É a subjetividade atrapalhando o aproveitamento de uma coisa que serve, na verdade, pra organizar a vida.
Por aí também fica mais fácil entender por que as religiões têm dogmas e segredos, e, assim como as seitas e irmandades místicas, só abrem os detalhes a pessoas preparadas para isso. Seria uma medida de proteção? É algo interessante, tendo em vista que estamos num mundo em que a informação deve ser disponibilizada a todo custo e em que o contrário disso é sacrilégio (com o perdão da palavra). Será que realmente estamos em condição de saber tudo, como tão pretensiosamente queremos quando fazemos uma busca no Google?
Podemos estar na primeira série e querendo saber as coisas do colegial...

domingo, 4 de janeiro de 2009

Retrospectivas, perspectivas

2008 foi um ano beeeem legal. Começou com o Eduardo passando na Unicamp, seguiu com uma promoção e mais responsa no trabalho, viu o REM em São Paulo (eu tava lá, como vocês sabem) e o Hexatricolor. Uau! Não foi pouco.
Mas, como nem tudo é perfeito, contratempos também apareceram: pouco tempo pra descansar, muitas obrigações em decorrência do trabalho, da facul e dos projetos paralelos, ficar a 80 km de distância do Eduardo...
Num breve review, dá pra dizer que foi um ano que exigiu bastante de mim, e que me recompensou bastante também, se eu desse duro.
Também fiquei muito feliz em notar que muita gente se aproximou mais de mim, ou então se reaproximou. Isso me fez muito bem, não só porque é muito bom ter amigos, mas ainda porque eu tava bem sensibilizada pelo fato de estar longe do Eduardo na maior parte do tempo.
2009 começa com boas perspectivas, pois tenho já algumas idéias em andamento. Pra ajudar, é um ano regido pelo Sol. Bom para destaque individual. Ou seja: é legal investir em projetos novos. Eu tenho os meus e vou cair de boca neles.
Vou também manter os laços de amizade que se fizeram ou se fortaleceram. Sendo propositalmente repetitiva: sempre é bom ter muitos amigos!
A primeira grande "comoção" do ano vem só em março, o show do Radiohead. Mas não sou do tipo que espera o Carnaval pra começar o ano (e muito menos vou esperar pelo show!). Vamos começar desde já, OK?