Quase começo este texto com o mesmo assunto da semana passada. Ia mencionar o espetáculo à parte da grosseria das pessoas no show do Radiohead (como eu nunca vi nem em estádio de futebol, e num contraste absurdo com a beleza do que a banda apresentou), entre outras cenas de pura loucura humana semelhantes àquelas de que falei no último post. Mas não quero acabar minha semana assim mal, porque hoje me senti tão produtiva e tão, hã, digamos, encaminhada nas coisas que quero fazer... Não estou mais com vontade.
Por outro lado, penso que o fato de estar sendo atraída para essas situações esquisitas deve ter um motivo. Não acho que seja o de ajudar os envolvidos. Parece que a vida quer me mostrar a minha própria agressividade estampada na cara dos outros.
Pois é, eu sou uma pessoa bastante agressiva, sim, e rodar a baiana é a especialidade da casa. E ver o efeito de uma reação desproporcional nos outros tem me ensinado, mesmo que tudo isso tenha aparecido na minha frente por pura e simples coincidência - mas eu não acredito em coincidências.
Pode parecer estranho, mas o poder está nas mãos de quem tem paciência. Paciência, por outro lado, não se confunde com passividade, mas com um controle tão perfeito da própria personalidade que, ao mesmo tempo em que a pessoa agredida não reage, ela também não se deixa dominar, com atitudes simples que deixam o agressor sem reação. Parece que um tomou a mente do outro! Bom, é quase isso. Um simples olhar irônico pode causar um ataque cardíaco... E, como eu mesma pude provar com minhas próprias atitudes, uma simples "ignorada" coloca os pingos nos is mais facilmente que uma discussão.
Com isso, acabei economizando minha energia, que serviu dar andamento a tudo a que eu tinha me proposto nesta semana. E não era pouca coisa, muito pelo contrário!
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