Tenho tido muitas experiências espirituais fora do comum e em todas elas o recado tem sido muito libertário, muito me tirando da rodinha do hamster que fica submisso a condições de fora e me dando poder. Um desdobramento disso foi o fato de que cada vez mais fica claro pra mim que ter uma vivência espiritual não significa seguir rituais ou declarar no censo que segue a religião x ou y.
Quem me conhece sabe que eu sou um patchwork de crenças. Acho que tenho construído a minha religião pessoal, a minha crença única e intransferível, com base no que acho legal de tudo que tenho estudado e experimentado. Não acho esquisito. Afinal, toda religião se baseia em Deus e, lá no miolinho, todas se igualam.
E mesmo juntando num mesmo balaio tanta coisa diferente, eu estou conseguindo fazer uma conexão bem razoável com o meu lado espiritual e com o imponderável da vida, justamente porque tenho usado muitas armas pra isso - armas que eu mesma escolhi, não as armas que me disseram que serviriam.
Meu sonho de consumo tem sido construir, tijolo a tijolo, como venho fazendo na parte espiritual, outros caminhos nas outras áreas da minha vida. Construir uma vida inteiramente personalizada, sem padrões preestabelecidos. Acho que estou conseguindo fazer isso no profissional. Vamos ver no resto.
Ter uma vida personalizada também interessa porque tem o potencial pra me deixar desapegada de expectativas e cobranças. Seguir a vida e pronto. Cada caminho sai num outro, que sai num outro... O fluxo da vida nos leva, sem nos escravizar como o faz a sociedade. Isso pra mim soa divino. Livre.
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