segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Num post de fins de outubro eu tinha exposto as minhas necessidades mais iminentes de transformação pessoal, lembram? Hoje li esse post e cheguei à espantosa conclusão de que alguma coisa aconteceu: eu tô diferente.
Mas demorou pra acontecer algo. Foi só na semana passada que o revertério veio. Eu comecei a sentir um desejo de liberdade tão grande que simplesmente comecei a largar tudo que me amarrava, que me fazia mal. (É impressionante como a gente guarda sentimentos e pensamentos ruins como uma roupa antiga que achamos que vamos usar um dia, né não?) Não foi preciso nenhum exorcismo, nada enfático que formalmente expulsasse meu próprio demônio de dentro de mim. Simplesmente larguei. E pronto.
Claro que tive de passar por uma adaptação à nova situação. Me deparei com tanta liberdade que não sabia direito o que fazer com ela. De repente, tudo se tornou possível! As ideias mais cabeludas começaram a fazer sentido e os meus desejos mais pirados começaram a parecer exequíveis.
Eu me senti tomada por uma espécie de transe, em que eu simplesmente seguia e a vida não tinha nenhum obstáculo - ou pelo menos esses obstáculos não eram tão apavorantes como eram antes. Eu ri de tudo e retomei o prazer de viver, o joie de vivre, que tinha ficado amassado que nem nota de 2 reais no bolso da calça. Voltei a saborear o meu bom e velho cabernet antes das refeições. Voltei a ouvir música no volume máximo no carro (de Stravinsky pra cima!). Olhava para a pilha de livros emprestados para os trabalhos da pós e sentia não o pânico por ter muita coisa pra fazer, mas prazer por estar envolvida numa pesquisa que amo e ansiedade para mexer naquele material.
Senti várias outras coisas, mas falar de todas elas ia aporrinhar os leitores. Achei válido apenas salientar esse impulso tão forte e tão, digamos, animador, que me lembrou que o mundo é grande e a vida é bela e cheia de possibilidades. A minha rotina, o lance de viver na ponte rodoviária SP-Vinhedo, a grande quantidade de demandas e trabalho, tudo isso foi sendo colorido por uma alegria muito grande, que começou com um simples ato de laissez-passer.
E os próximos capítulos, o que me reservarão? Sei lá. Sinto algo tão bom que estou numas de curtir o presente. E seja o que Deus quiser ;)  

Um comentário:

Diogo Casagrande disse...

Demais Nathalia!!! Eu também estou precisando me libertar...de tantas coisas que me sufocam muito, que interferem em minha vida de uma maneira intensa.