Mal chegamos na metade de março, o ano astrológico nem começou... E já tem assunto a perder de vista para a retrospectiva da Globo no final do ano. (Tá em dúvida? Lá vai: desastre aquático 2011 no Brasil, desastre de-tudo-um-pouco no Japão, o quebra-pau nos países árabes...)
Este final de semana, em especial, promete, com o Kadafi prometendo porrada e a ONU toda nervosinha dizendo que vai revidar. Deu um outro terremotão no Chile. E aquela treta em Jirau, o que foi aquilo? No fim das contas, os reatores das usinas japa vão vazar? Aguardem as cenas dos próximos capítulos.
E não sei como está o ambiente ao redor de vocês, mas no meu trabalho todo dia tem um ficando doente e na minha sala toca o dia todo a sinfonia para nariz escorrendo. O trânsito em SP nunca foi aquela coisa fofa, mas, enfim, tá muito louco. Vocês tão se sentindo mais nervosos? Eu tô.
Aí é que vem a parte complicada. Pra gente é muito fácil dizer que o mundo tá muito louco e que a nossa loucura não passa de consequência disso. Os acontecimentos do mundo exterior repercutem, sem dúvida, no nosso psiquismo, porque fica um monte de gente nervosa all over the world pensando se a radiação de Fukushima Daiichi chega em suas casas ou não, estabelecendo um padrão de energia nervoso, claro.
Mas entrar nessa onda de nervosismo e energia esquisita retira de nós o poder de mudar alguma coisa, nem que seja um pouquinho. É o contrário do que discuti no último post, o ser humano agindo para mudar as circunstâncias.
Não vou ficar naquele lugar-comum de "sorria que isso já é uma ajuda"; é muito cômodo sorrir enquanto dentro de nós estamos sofrendo o diabo, pelas mais diversas razões. Acho que estes tempos interessantes (sorry, Hobsbawm) em que vivemos estão proporcionando uma oportunidade única para transformarmos de forma profunda nossa visão de mundo, longe daquela zona de conforto contendo trabalho chato mas que paga as contas + novela/futebol + relações meia-boca que só servem para fazer pressão no Facebook. Esse é o grande barato das épocas de riscos: o homem acaba tendo de colocar a inteligência pra trabalhar.
No caso dos humanos viventes neste ano de 2011 que já têm mais de, sei lá, 25 anos, parece que tem uma Tropa de Choque mandando ver na acomodação e conformismo. Não sei se a gente tem muita escolha: é mudar ou mudar...
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