sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

As pessoas confundem estar bem com conforto. "Você está bem?" "Ah, sim, tá tudo sob controle..."
Mas conforto também causa tédio. "Ah, não acontece nada de interessante na minha vida..."
Por outro lado, se a vida testa suas capacidades por meio da mudança e/ou do desafio, não tá certo. "Essa situação tá me matando..."
Os budistas de plantão já levantam a mão rapidinho pra avisar que o segredo está no equilíbrio. Mas equilíbrio me parece uma coisa fria, mesmo para o meu ascendentão Libra; prefiro falar em habilidade para se adaptar a várias situações, sejam quais forem elas, e em humildade, para aceitar tudo que vem, seja bom ou ruim.
Porque na verdade não há nem bem nem mal, apenas a vida, a Roda da Fortuna, o devir, as coisas que vêm e que vão. Você consegue diferenciar o que é bom e o que é ruim? Pra você conseguir aquela vaga naquele curso super-incrível, a última poltrona para um vôo direto num feriado, aquela blusa exclusiva e baratérrima num outlet, alguém ficou sem isso. Ou seja: o bem e o mal se misturaram numa farofa total. Até rimou.
"Do you think you can tell/Heaven from hell/Blue skies from pain/Can you tell a green field/From a cold steel rail/A smile from a veil/Do you think you can tell?"
Esse desafio é interessante: pensar não em termos daquele maniqueísmo besta de novela, mas em puro e simples movimento. O filósofo tinha razão. Tudo não passa de movimento. Agitado ou calmo, mas apenas movimento. Como o fluxo da maré ou dos rios. Um papo aquático, bem apropriado a Netuno chegando perto de Peixes. Glub!

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