Acabou o carnaval. Agora o país começa a funcionar de novo. O ano começa de verdade. Pra mim, é claro, trabalhadora do Brasil que sou, começou dia primeiro de janeiro. Mas, enfim... Não tô brava com isso, não. Pra mim é vantagem. Olha só: meu cérebro já pegou no tranco depois do Réveillon.
Aliás, pegou no tranco até demais. Eu tenho pensado muito em impermanência. É um palavrão meio ruim de escrever, mas que não dói entender. Nada dura pra sempre, tudo passa, até a uva passa, menos o motorista e o cobrador etc. Mas pensar em impermanência inevitavelmente me deixa cabreira porque não dá pra saber o que vem depois. Vai ser bom? Vai ser ruim? Os budistas dizem que não tem jeito, que a gente tem que se acostumar...
É como andar de montanha-russa ou nas ruas esburacadas de São Paulo. A minha natureza controladora fica aflitíssima com essa coisa de a vida trazer (ou tirar) coisas sem avisar. E nem adianta ler o horóscopo, a previsão do tempo, as anotações da agenda, porque a configuração astrológica é um troço muito pessoal, meteorologista sempre erra e a agenda, coitada, tá tão rabiscada que nem dá pra entender o que está escrito... Nem vem com essa de relaxa e goza que tá difícil relaxar, como se pode verificar.
Aaaaahhhhh. O bom do feriado é que é só curtição. O que vem a gente transforma em diversão. Talvez seja isso que eu tenho de fazer: transformar até o enrosco mais enroscado em diversão. Aí a minha montanha-russa fica legal de verdade e não vou vomitar quando descer...
2 comentários:
Concordo com você em genero e grau. A vida está mesmo uma montanha russa. E as vezes eu não sei se estou no carrinho ou nos trilhos...
bjão
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