Com a escapulida pela esquerda do Palocci, sua vaga na Casa Civil ficou para uma mulher. Hmmm, mal estávamos acostumados com a nossa primeira presidente... Legal, né? Os dois principais cargos do Executivo nacional são de mulheres.
Não conheço o trabalho da senadora Gleisi, a nova ministra da Casa Civil (cargo que, sintomaticamente, já foi da Dilma). Não posso palpitar se ela vai ou não mandar bem. Obviamente, espero que ela se dê bem na nova empreitada (ora, afinal, como cidadã brasileira tenho interesse nisso). Mas o que mais me chama a atenção é esse lance de progressivamente passarmos a um Brasil mulheril. Imagina se a Carmen Lúcia assume a presidência do Supremo com essa configuração do Executivo. Seria o próximo passo para fortalecer ainda mais a mulher no panorama político nacional.
Vejam bem: esse fortalecimento não necessariamente significa que a mulherada vai fazer um governo melhor ou pior que o de um homem. Mas pode ser um sinal de que estamos chegando a alguma paridade entre homens e mulheres (ou pelo menos tentando chegar nisso).
Meninos, se coloquem no lugar da irmã, da prima ou da namorada. Imagine ter de ouvir pela milionésima vez cantada de pedreiro enquanto faz caminhada. Ou de ouvir trocentas vezes sobre casos de violência doméstica em que mulheres são submetidas às situações mais nojentas. Ou de ver gringo falando que vem pro Brasil pra pegar mulher. Existe uma desigualdade de tratamento e de apreciação, sim. E quem achar que não pode ser contraditado com aquela famosa máxima de que nosso país é falsamente não preconceituoso, com relação a negros, homossexuais etc., pra ficar só no básico.
Tô na torcida para que a exposição política mulheril ajude, pelo menos, a mudar esse quadro. Pelo menos...
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